𝘜𝘭𝘵𝘳𝘢𝘷𝘪𝘰𝘭𝘦𝘯𝘤𝘦 [𝗝𝗲𝗻𝗻𝗮 𝗢𝗿𝘁𝗲𝗴𝗮ᵍᵖ]

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Cherry's Pov

Suspiro fundo, ainda tento me convencer a sorrir, estou fazendo o certo, não estou? Meu coração está triste, meu pai nunca foi o melhor em carinho muito menos em elogios, passei a minha vida toda sem amigos por ser considerada estranha e feia. Nunca recebi afeto, nunca tive uma figura materna, ninguém nunca me tratou bem. Sempre sonhei em ter a família perfeita, os filhos perfeitos, o marido perfeito, casa dos sonhos, emprego dos sonhos, mas tudo isso está um pouco fora da minha situação atual.

- Chegamos, agora quem vai te acompanhar até o altar será eu!-- Manda um beijo no ar.

Desço do carro com ajuda das cerimonialistas, as portas são altas e pretas. Tomás se ajeita ao meu lado, quando as portas são abertas, analiso o salão é grande , paredes brancas com detalhes dourados e muitas rosas vermelhas, mas uma me chama atenção. Uma rosa negra em meia as vermelhas.

Caminho com dificuldade por conta das anáguas do vestido, várias cerimonialistas ajeitavam a cauda do vestido. Ao chegarmos no altar Tomás me lança um olhar de "você consegue!", minhas bochechas doem de tanto sorrir falsamente. Me aproximou de Jenna que dá um beijo delicado nas costas da minha mão.

- Queridos amigos e familiares, é com muita alegria que hoje estamos reunidos aqui, para celebrar a união de Jenna Ortega e Cherry Castellane . União firmada pelo Senhor, que assim dão continuidade a esse amor, formando uma familia, uma aliança de Cristo. Querem se fazer um único propósito. -- Olhamos para o com as mãos dadas.

- Jenna Ortega aceita casar se com Cherry Castellani? - O padre olha para Jenna.

- Aceito!-- Olha para mim com um sorriso, enquanto coloca a aliança em meus dedos

- Cherry Castellani aceita casar se com Jenna Ortega ? -- Olha para mim.

- Aceito!-- Sorriu falsamente e olho para frente, coloco sua aliança.

- Repitam comigo. Eu, prometo ser-te-fiel, amar-te e respeita-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, Amém.-- assim repetimos em uníssono.

- Pode beijar a noiva!-- Anuncia o padre.

Jenna me puxa pela cintura e ataca meus lábios, a minha agora esposa pede passagem com a língua e para minha infelicidade eu sedo. Nós separamos e que comece a festa!

Enquanto todos bebem, dançam e alguns até me parabenizam eu estou aqui plantada no buffet, eu ein. Se for para tá na merda pelo menos vamo tá de barriga cheia. Com meu prato cheio de comida de todos os tipos me sento na mesa exclusiva dos noivos, enquanto analiso a festa. Todo mundo dançando, Tomás quase se atrepando em um homem, um homem com uma arma mirada para mim. Pera, um homem com uma arma em minha direção? Solto um grito e em sequência aponto para o homem, todos olham para lá e vêem uma gangue de homens com vários tipos de armas. Alguns começam a gritar e correr, outros tiram as armas da cintura, enquanto eu tô paralisada, eu acho que minha pressão vai baixar.

Alguém me puxa com brutalidade, olho para trás me tremendo, mas me "alívio" assim que vejo Jenna. Nós saímos correndo entramos rápido em um carro e quando chegamos em casa, mas eu ainda me encontra fraca e sem ar. Meu rosto está vermelho, minhas pernas estão fracas então deslizo devagar na parede chorando, enquanto meu rímel borra. Eu não sei, mas eu não quero viver assim. Não há nada a se dizer de ambas partes apenas nos encaramos, ela me olha sem reação ou expressão de compaixão enquanto eu a olho com os olhos vermelhos, rímel borrado, cabelo bagunçado e uma cara de "eu quero a minha mãe". Ela se retira com as mãos no bolso, enquanto eu subo as escadas, me tranco no quarto, tiro aquele vestido com raiva, ao me olhar no espelho tiro minhas conclusões, I'm pretty when I cry .

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