Capítulo 5: O outro lado da moeda
Izuku's P.O.V
Um mês depois.
Estava tudo tão calmo no Japão. Há anos não temos incidentes catastróficos. Apenas alguns marginais por aqui e outros por ali. Mas em geral, o Japão estava perfeito. Ou melhor, o mundo estava perfeito.
Assim que eu voltei para agência que eu trabalhava como herói. Uma das funcionárias, Yumi, correu até mim. Seus cabelos laranjas estavam bagunçados, seus olhos estavam esbugalhados e um suor de tensão estavam em seu testa.
- Isso é um crime, Deku-san! - ela exclamou raivosa. Ela me puxou até sua mesa que ficava no canto da sala. E repetiu. - Isso é um crime!
- O que é um crime? - perguntei olhando sua mesa bagunçada. Parecia uma zona.
- Alguém mexeu na minha mesa! - ela apontou para a mesa a nossa frente.
- A sua mesa sempre foi desse jeito, Yumi - botei a mão no queixo e pensei mais.
- Não, não! Eu tenho um sistema aqui! E ainda por cima minha gavetas estavam trancadas!
- Hm... - me aproximei da mesa, e verifiquei. - As fechaduras não foram arrombadas.
- Você tem certeza?
- Sim! - sorri para deixá-la mais confortável. Mas realmente, a mesa dela sempre foi assim. E até parecia mais arrumada que antes.
- Izuku! - escuto Kacchan me chamando.
- Kacchan! - sorrio para ele. - Já está de volta, como foi a patrulha?
- O de sempre. Já estou de saída de novo. Só vim te avisar para não se esquecer do jantar hoje à noite, na casa da Momo.
- Ah, claro! Eu não esqueci, estarei lá!
A conversa fluía calmamente na mesa retangular da sala de está da Momo. Vê todos ali reunidos era algo realmente importante para mim, mesmo que eu visse todos na TV como heróis e seus grandes feitos para a nossa sociedade, nada se compara do que vê-los em pessoa, e rir de suas piadas e até mesmo de nossas histórias de tempos atrás. Me sentia adolescente de novo. Até que a conversa mudou para nossas vidas pessoais. O que era de se esperar, mas era algo que eu não me encaixava muito, já que eu vivia para o meu trabalho.
- Sim, estamos pensando em nos casar ano que vem. - Ochako falou feliz. Ela tinha os olhos na aliança dourada em seu dedo. - Eu acho que é ela, pessoal!
- Eu sei como você se sente. Eu senti a mesma coisa pela Mina quando ela enfrentou um vilão. A bravura dela acendeu uma chama em mim. - disse Kirishima, abracando de lado Mina que estava envergonhada ao seu lado na mesa.
- E você, Deku? - Momo perguntou. Jogando toda a atenção para mim.
- Ah, eu- - senti meu rosto queimar. - Eu ainda não achei ninguém. Eu estou muito focado no trabalho, não tenho muito tempo para sair para encontros.
- Você vai encontrar a sua metade! - Iida falou com um sorriso de confrontante no rosto. - Quando for o tempo certo.
- É só acho que isso está demorando de mais. - murmurei.
- Isso quer dizer que o melhor está por vim. - Mina sorriu.
- Eu espero...
- O que é aquilo na TV? - Kaminari falou se levantando e aumentando o volume da televisão.
Estava acontecendo uma crise na China, milhares de pessoas estavam nas ruas protestando contra um indivíduo que não conseguia controlar direito sua individualidade, e matou algumas pessoas por acidente, as transfromando em pedras.
- Alguém que tem problemas em controlar a individualidade? Isso não acontece a anos! - Ochako falou. - Olha, ele é japonês!
- Parece que ele foi para a China a trabalhar e isso aconteceu. - Iida leu a legenda que passava na televisão.
Logo eu recebi uma ligação, era do presidente. Ele me pediu pra ir a China e tentar resolver a confusão, ele me mandaria no caminho o relatório e o que ele realmente achava da situação.
- Quem era? - Katsuki perguntou, me assustando.
- Ah, era o presidente, ele queria que eu fosse lá.
- É, eu realmente acho que você deveria ir. Isso parece que vai sair do controle logo, logo. - ele concordou com a cabeça, e logo o resto do pessoal também o apoiou. - Um representante de Japão indo lá, seria legal.
- Você quer que a gente vá com você? - Hagakure perguntou.
- Não! Fiquem, será melhor te alguém aqui enquanto eu estiver fora. - sorri fraco e me despedi, saindo as presas da casa e indo em direção ao aeroporto.
"Existe sempre o outro lado da moeda que precisa ser avaliada. Pois, se por um lado me deparo com feiúras, por outro, não posso deixar de celebrar o que de belo existe."
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Juízo Final - Imagine Izuku Modoriya
Gizem / Gerilim"Eu estou nas ruas de Tóquio. E eu estou tomada pela curiosidade, pela primeira vez desde 2026. Em 11 anos em meu futuro, eu vejo Izuku Midoriya. Ele está gritando comigo, embora eu esteja surda com os barulhos do mundo que desmorona em nossa volta...