capitulo dois: fica tranquilo

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Eu estava preso em uma reunião, minhas anotações estavam uma bagunça, nem eu as conseguia entender. Tinha acordado melhor hj, mas não completamente, eu sei q henry tem razão q eu não deveria se deixar levar tanto assim, estou parecendo um adolescente.

Faltavam 3 minutos pra aquilo tudo acabar, aquela era a última reunião que tinha hj. fui guardando minhas coisas, minha cabeça doía tanto q eu nem conseguia pensar direito. Quando chegar em casa eu tenho q terminar um relatório que tinha que entregar sobre o governo de minha mãe e como isso melhorou o pais durante esses anos e lembrar disso já fez minha cabeça latejar mais forte.

Quando o horário bateu sai da sala, passei pelos milhares de corredores cheios de pessoas e finalmente a saida. logo vi henry apoiado no carro esperando, sempre quando henry está em casa ele me busca no trabalho, oq meio que me faz arder de amor e vergonha ao mesmo tempo, pq sempre tem alguém olhando para nós dois e isso é muito desconfortável.

fui andando até ele em passinhos tímidos e o príncipe sorriu, tinha vezes q a gente simplesmente esquecia que tinha pessoas ao redor, ficamos tão focados um no outro que o resto não importava.

- podemos ir?- henry perguntou abraçando minha cintura. confirmei com a cabeça e entramos no carro.

No meio do caminho percebi que henry não estava fazendo o caminho de casa.

- pra onde estamos indo? - perguntei olhando confuso para o loiro no volante. Uma coisa q eu tinha q admitir e q henry ficava muito mais atraente dirigindo, ele poderia e é a pessoa mais bnt q eu já conheci.

-como vc estava mal ontem, decidi q vou te mimar a semana toda, vamos almoçar fora.

-mas do q vc já faz? Acho meio impossível. - nos dois sorrimos e não pude conter em não ficar vermelho.

Quando chegamos descemos do carro e fomos até um restaurante q ficava meio escondido entre outros.

-acho que vai ter novas fotos do primeiro - filho e do príncipe gay - henry falou vendo os paparazis tirarem tantas fotos que poderiam me cegar, ri e entrelacei meu braço no do meu namorado.

entraramos e henry nos levou até a mesa, abri um sorriso ao ver quem estava ali, bea, nora, june e pezz sentados conversando animadamente.

- oq vcs todos estão fazendo aqui?

- henry ligou pra gnt falando o quanto vc estava mal e que queria fazer uma surpresa pra ver se vc fica um pouco mais feliz -nora falou sentada do lado esquerdo de june.

-é desculpa por ontem, papai e mamãe são bem sem noção nesses negócios de jantar em família, não sei nem pq eles tentam - june falou, agora eu estava ao lado de bea, a única pessoa que eu amava na família de henry.

-não tem problema, não foi sua culpa e eu que exagerei, não é a primeira vez q eles fazem isso - falei se recusando a olhar Para june ou para henry, pq eles sabiam q mesmo acontecendo todas as vezes eu ainda me sentia mal.

- a gnt já pode comer? Estou morrendo de fome. - pezz falou e eu sorri quando vi que ele e june estavam de mãos dadas.

Eles estavam namorando já tem um tempo, mas ainda era meio que surpreendente ver eles fazerem coisas de casal.

Comemos e conversamos por um bom tempo, henry estava certo, aquilo me fez ficar bem mais feliz.

Nos despedimos dos nossos amigos e voltamos para casa, eu estava nitidamente melhor.

- bgd - falei passando os braços pelo pescoço de henry e dando um selinho nele.

- não precisa agradecer, bea vai passar aqui mais tarde, ok?

- ok, vou terminar de fazer uma coisa do trabalho e já volto pra te dar mais carinhos - falei dando um último selinho no loiro e fui tomar banho. Me sentei na cama e abri o laptop, iria fazer um ano, daqui a alguns meses, que minha mãe foi reeleita, e estava chegando cada vez mais perto da minha vez de concorrer a eleição, eu estava surtando internamente quando lembrava disso, o meu sonho é concorrer a eleição, mas acho que pode ser o maior medo tbm. Um país vai estar nas minhas costas em três anos se eu vencer, todos estavam me ajudando muito agora, até minha mãe arranja um tempo pra ensinar algumas coisas e isso estava me deixando animado e com muito medo.

É como se tivesse duas eufórias misturadas, uma do medo e a outra da alegria e eles tão brigando pra ver quem vai tomar conta de tudo.

Quando já era umas 17, sai do quarto e fui atrás de henry e bea, eles estavam sentados no balcão da cozinha conversando.

-henry vc já tentou ver uma? Isso pode te fazer muito melhor, de um tempo pra cá vc parou de tentar - escutei bea.

- eu tô tentando! - henry falou indignado- eu tô tentando a anos...não fala isso

- eu sei...mas sozinho vc não vai conseguir nada

-mas eu não quero...não agora, eu já tô enchendo o...

entrei na cozinha e eles pararam de falar.

-não sou nenhum espião americano que vai dedurar tudo pra imprensa. - falei pegando um copo e enchendo de água, olhei pra bea e para henry. - oq tá rolando? Oq vc não quer fazer?

- nada demais, a gnt so estava falando da mamãe, não é bea? - henry falou olhando pra irmã, que olhou pra ele como se estivesse cansada.

- sim, só estávamos falando dela.

Olhei para henry, mas ele não olhou pra mim, estava tentando pegar algum sinal de mentira.

- eu vou indo, tenho que arrumar algumas coisas - bea falou e henry a levou ela até a porta.

Quando ele voltou ainda não conseguia olhar pra mim.

- oq aconteceu? - perguntei sentando no lugar que bea estava.

- nada - ele estava nervoso, passava a mão pelos dedos toda hora.

-tem certeza? Sabe que pode falar se alguma estiver errada né? - ele me abraçou.

-não tem nada de errado - ele falou e deu um beijo na minha bochecha.

Henry tinha depressão, tinha descobrido isso no verão passado. as vezes o príncipe se sente tão culpado q entra em um episódio depressivo, as vezes o episódio é tão forte que ele não consegue nem se mexer, ou as vezes ele está tendo um, mas está sorrindo. Eu tento distrair ele, fazer ele pensar em outras coisas, pq se vc deixar ele sozinho com seus próprios pensamentos em momentos assim...não sei oq ele é capaz de fazer.

Teve um vez, a alguns meses atrais que eu cheguei em casa um pouco mais tarde que o normal e henry estava no chão do banheiro trancado chorando tanto que as lágrimas chegaram a molhar o tapete do banheiro, o braços dele estavam vermelhos de tanto que ele os arranhava, tive que segurar seus braços por um tempo até ele para, nunca tinha visto henry daquele jeito.

-babe - falei virando Para trás e olhando para Ele - eu te amo, pfv se alguma coisa estiver acontecendo pode me falar, eu posso te ajudar.

- fica tranquilo, tá tudo bem- ele respondeu, mas tinha a sensação de que ele queria chorar.

Depois de um tempo tentamos fazer alguma coisa Para comer.

- vc até que tá ficando bom na cozinha - falei dando um empurranzinho nele com o meu quadril.

Ele sorriu e eu sorri de volta, eu espero mesmo que esteja tudo bem com ele.

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