capitulo 11:vc tem que ser forte, por ele.

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A mãe de henry segurou no meu braço e me tirou do quarto, eu sentia que estava aéreo, como se só meu corpo estivesse aqui.

- alex eu quero conversar com vc - ela falou chamando minha atenção pra ela, eu queria chorar - assim como henry vc tem ser mais forte ainda, pois ele vai precisar de vc. Eu sei que é difícil, meu marido já esteve na mesma situação meu bem, e sei que vc está sendo forte por henry por um bom tempo e te agradeço muito por isso. Vc e bea tem cuidado dele todo esse tempo que eu estive ausente. Mas agora ele precisa de todo seu amor e seu apoio, que eu sei que vc ja da isso para ele naturalmente.

- henry é forte, muito mais forte que eu. É claro que eu vou dar todo o meu apoio e amor a ele, vc nem precisa me dizer.

- eu acredito em vc, ele é meu filho, eu sei que ele é forte, ele sempre foi, mas ninguem consegue ser forte o tempo todo. Sabe qual foi a parte mais assustadora do câncer do Arthur pro henry e pra bea e até mesmo para phillip? - ela esperou um tempinho antes de responder - ver que o pai não era forte o tempo todo, ver que ele tbm precisa da força de outras pessoas. Eu sei que o henry tem medo disso, de terminar no mesmo estado que o Arthur, de não conseguir fazer nada sem ninguém. - ela riu pro vento - Arthur ficava tão puto quando tratavam ele que nem porcelana, ele costumava falar "eu sou a prr do James bond, não preciso de ajuda pra levantar" - ela estava sorrindo e eu fiquei meio espantado por causa dos palavrões.

- ele deveria ser incrível - falei vendo que mesmo depois do luto horrível que ela passou ela ainda consegue rir com a memória do marido.

- ele era, ele adoraria te conhecer, conhecer o garoto que lutou pelo filho dele seria uma honra. - ela falou fazendo carinho pelos meu cbls, como uma mãe - alex eu te deixo uma missão, ame henry, ame ele na mesma intensidade que eu amo o Arthur até hj, mas por favor não sofra por ele na mesmo intensidade q o ama, vai doer, mas o amor sempre vai estar entre vcs, por isso que eu repito não deixe a dor chegar na mesma intensidade que o amor, nunca. - ela me abraçou e voltou Para dentro do quarto.

fui na busca de nora, june e pez e encontrei eles conversando com bea, a irmã de henry estava cabisbaixa, tenho certeza que estava falando sobre a notícia. Ela parou de falar e se jogou em uma cadeira, segurando as lágrimas, pezz estava com a cabeça nas mãos e tenho certeza que estava pensando a mesma coisa que eu, acho que todos estavam pensando a mesma coisa " por que com ele?" E " por que agora que estava tudo tão bem?"

June veio me abraçar e senti a vontade de chorar aumentar, meu corpo amoleceu contra o dela, eu só queria deitar e dormi até amanhã pra eu não ter que pensar mais nisso.

****

Na outro dia minha mãe, Leo e meu pai apareceram no hospital, eu não comi, não tomei banho, nem dormi direito eu dormi.

Cai no choro no colo da minha mãe, o que eu vou fazer agora? Como que vai ser daqui em diante?

Eles foram ver henry e ficaram conversando com ele, como se ele não estivesse internado, como se ele não tivesse sido diagnosticado com câncer um dia atrás.

Minha cabeça estava doendo, eu não mostrava nada disso na frente do henry, nada de como eu estava. June, nora e minha mãe me obrigaram e ir Para a casa tomar banho e comprar alguma coisa Para comer, então eu fui, nora me acompanhou.

- enquanto vc toma banho, eu passo em algum lugar e já compro a comida. - ela falava e eu não respondia, estava com os olhos fechados e a cabeça apoiada na janela. - Alex vc seriamente não está bem, sabia que tem uma coisa chamada dormir? Vc tem feito isso? - silêncio, não a respondi tbm, não tinha nenhuma vontade e nem força.

Acabei acaindo no sono no caminho e nora me acordou quando chegamos na frente do prédio, ela me acompanhou até eu entrar no banheiro e ela escutar o som do chuveiro pra ter certeza de que eu ia tomar banho, enquanto ela estava fora comprando comida eu peguei duas mochilas e comecei a encher uma com
As coisas do henry e outra com as Minhas.

Nora chegou e eu desci e nós voltamos Para o hospital enquanto eu comia.

- eu trouxe algumas coisas pro henry tbm- ela mostrou a sacola de comidas.

- ele vai amar. - falei sorrindo.

Quando chegamos no quarto de henry ele estava deitado.

- oi meu amor - falei e deu um selinho nele - como vc está?

- se eu estou em um hospital, acho q vc já sabe a resposta...como vc tá?

- bem, finalmente tomei banho. - ele me puxou num abraço e cheirou meu pescoço.

-é tão bom sentir esse cheiro denovo - deu um tapinha nele.

-trouxemos comidas - nora falou deixando a sacola do outro lado de henry e sentando em uma poltrona.

Henry abriu as sacolas e comemos o que nora tinha comprado, era macarrão e um Monte de doces e salgadinhos, depois de comer henry foi tomar banho, ele saiu do banheiro e se deitou no meu peito.

- vc tá realmente bem? - ele perguntou com as olhos azuis vidrados em mim.

-sim, estou ótimo. Quem deveria estar fazendo essa pergunta sou eu, vc tem sentido mais alguma coisa?

- não muito, deve ser por causa dos remédios - ele tomava remédio na veia agora.

Minha cabeça está doendo, eu fechei os olhos e apertei henry contra mim, acabei caindo no sono denovo.

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