— Cara, seu olho tá horrível. —John diz, assim que passa pela porta do quarto. Ele está se referindo ao olho roxo que ganhei na briga com Garrett Johnson alguns minutos atrás.
— Garanto que o rosto dele ficou bem pior. — o respondo dando um sorriso de lado.
Garrett Johnson é o líder da fraternidade que até alguns minutos atrás eu fazia parte. Ele não gostou que eu comi a irmã dele e veio cobrar, eu nem sabia que a garota era irmã dele, aliás, não lembro nem do nome dela.
— Você é louco. E agora onde vamos ficar ? —
Ele pergunta e eu levanto uma das sobrancelhas. Será que ele pensa que vou levar ele ? Eu não tenho nem pra onde ir.
— O que quer dizer com "Nós" ? — ele se levanta da cama e me olha como se fosse óbvio.
— Quero dizer: pra onde você, Carson, Andrew e eu vamos? —
Ele pega sua mochila e coloca desajeitadamente suas roupas lá dentro. De jeito que está não vai caber nem três peças nessa mochila.
— EU, provavelmente vou morar no meu carro até achar um lugar. Vocês, vão continuar na fraternidade. — digo quase dando uma ordem.
— Então melhor avisar eles.—
Ele diz apontando para alguém atrás de mim. Assim que me viro dou de cara com Carson e Andrew, cada um com uma mala.
— Estão prontos crianças? — Carson diz, mais animado do que deveria.
— Estamos capitão! — Os outros dois idiotas respondem. Sério, onde eu me meti?
— Antes que o senhor mal humorado fale, eu ja consegui um lugar pra ficarmos. Eu sei, eu sei, eu sou incrível — Carson fala se gabando
— E onde vamos ficar, senhor incrível? — pergunto um tanto receoso pela resposta.
— Na humildade casa da vovó Lucy. — Carson diz abrindo os braços como se fosse óbvio.
Quando ele diz humilde, ele quer dizer que é uma enorme mansão com mais de 10 quartos.
— Meu Deus! Eu vou morar com minha ídola. — John tapa a boca fingindo estar emocionado.
Eu realmente só posso ter jogado pedra na cruz, não que eu não goste da vovó Lucy, adoro ela. Porém, agora terei mais uma para controlar, vovó Lucy é igual aquelas adolescentes de 16/17 anos que acabaram de descobrir o mundo das festas, bebidas, drogas e sexo. Agora juntando ela e mais os três idiotas na minha frente, já sei que não vai dar certo.
— Liguei para ela e expliquei a situação, ela disse que podemos ficar o tempo que quiser.— Carson diz com um grande sorriso.
Sabendo que eu não tinha outra opção, apenas aceitei o que foi dito. Após arrumar todas as nossas coisas, partimos para a casa da vovó Lucy.
Andrew e John foram primeiro resolver algumas coisas na casa da família deles, então viram apenas mais tarde.
Assim que o Impala Sedan 1967 do Carson passa pelo grande portão de ferro, posso admirar a grande faixada da mansão da Vovó Lucy. Grandes janelas de vidro e uma porta tão grande que mal consigo medir traziam um ar de modernidade para a mansão que já tinha muitos anos.
Infelizmente noto uma Kombi com uma pintura meio hippie destoando toda a beleza do local – na verdade a pintura é totalmente hippie –.
— Essa nãaao.— vejo Carson murchar em desânimo no banco do motorista.
Não entendo muito o repentino desânimo dele, e prefiro nem perguntar sobre.
Ele estaciona o carro e mesmo antes de sair do mesmo podemos avistar vovó Lucy em frente a porta com um grande sorriso em nossa direção. Carson saiu do carro e foi logo dando um abraço em sua avó.
— Logan, a quanto tempo.... continua lindo e gostoso hein, só estou esperando minha oportunidade viu. — ela vem em minha direção e me enlaça em um abraço.
— Senti sua falta também Lucy — a respondo rindo. Ela odeia que a chamemos de vovó, então falamos apenas quando ela não está por perto.
— Aaaa qual é, o que esse filhote de cruz credo está fazendo aqui vovó? — olho para trás e vejo, Liz. Ela é prima do Carson e os dois são como cão e gato. Nesse momento ela olha Carson da cabeça aos pés e faz menção de vomitar.
— EU que deveria perguntar o que a pequena demônia está fazendo aqui. — ele responde.
— Eu vou morar aqui. — ela diz cruzando os braços e dando um sorriso demoníaco.
— Pois eu também. — ele responde mostrando a língua pra ela, ele está adorando ver a raiva de sua prima surgir .
Vovó Lucy vai puxando os dois para dentro da casa enquanto eles se xingam. Antes que eu possa segui-los ouço um gemido de dor vindo da kombi. De longe posso ver alguém se movendo dentro dela, então resolvo ir em direção a mesma.
Assim que chego em frente a porta da kombi vejo que a pessoa em si era uma mulher, ela não notou minha presença, estava de costas tentando puxar uma caixa grande de dentro da kombi.
— Vete a la mierda estúpida máquina, maldita sea. — Ela xinga algo que eu acho que seja em espanhol, percebo que ela está um tanto irritada.
Eu poderia deixar ela se virar pra tirar aquilo de lá, não é do meu fetil ser solidário. Mas algo me prendia ali.
— Quer uma ajuda ? — Pergunto, orando pra que ela diga que não.
— Aaaa! — Ela virá rapidamente, acabo de perceber que eu assustei a garota.
Ela é incrivelmente linda, cabelos loiros e compridos, olhos azuis como o oceano, um rosto delicado e tão angelical, lábios perfeitamente desenhados e num tom rosado. Ela tem uma aparência frágil, a pele lisa e reluzente como uma linda porcelana.
— Foi mal ter te assustado — peço. — Então, quer ajuda ? — pergunto novamente, agora torcendo pra que ela diga que sim.
— Por favor! Mas eu espero não estar incomodando. — ela diz, e noto que há um nervosismo em sua voz. Como se ela estivesse com medo de pedir.
— Liz está com o braço machucado e minhas outras duas amigas estão trabalhando, por isso estou em uma luta pra carregar essas coisas — ela fala como se fosse uma desculpa por estar fazendo um trabalho pesado sozinha.
— Não incomoda, na verdade, me salvou de ter que ficar vendo Liz e Carson se xingando. — minto, pois até alguns minutos atrás eu adoraria ver eles discutindo. Sempre acaba em briga.
— Logan, prazer em te conhecer. — ergo minha mão para cumprimentá-la, mas ela recua como se um choque de dor ultrapassasse a tênue liha de sua imaginação. Ela encolhe o pequeno corpo frágil, como se tentasse a todo custo se defender de mim. Como seu eu fosse...
Recolho minha mão e vejo ela dar um longo suspiro de alívio. Meu corpo se enrrijesse quando penso que alguém já fez mal a essa pessoa tão delicada. Por que alguém faria isso a uma pessoa tão doce igual a ela.
— Emily. Meu nome é Emily. — ela se apresenta, bastante nervosa ainda.
Os sinais estavam lá, eu podia notar. Na verdade eu sempre notaria, qualquer pequeno sinal de que a pessoa já passou por aquilo, eu sempre iria notar. Foi algo tão familiar que ficou fácil notar em outras pessoas.
PRIMEIRA INTERAÇÃO DOS MEUS BEBÊS. O QUE ACHARAM?
QUERIA QUARDAR MINHA MENINA NUM POTINHO
VOTEM MUITO.
AMANHA TEM MAIS. Bjs
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SUNSHINE - ANY TAVARES
RomanceEmily Santiago, uma garota doce, amorosa, delicada ( nem tanto) e carinhosa tenta viver uma vida normal em meio a tantos traumas do passado que a assombram. O maior medo que ela tenta vencer é o medo de toque físico vindo de qualquer homem, isso se...