Juliette acordou e não viu Rodolffo na cama. Levantou-se e não o viu em parte alguma. Fez café, tomou com uns biscoitos e regressou à cama. No lençol estava a marca da noite fantástica que teve.
Mesmo com a sensação de que ele tivesse fugido, ela sentia-se bem. Não tinha que ir trabalhar por isso voltou a adormecer.
Perto das 11 horas, acordou com a campainha da porta. Vestiu um robe, calçou as chinelas e ao abrir a porta, um entregador estava com uma cesta enorme e um buquê de rosas.
Agradeceu, recompensou o entregador e fechou a porta colocando tudo sobre a mesa da cozinha.
Leu o cartão que acompanhava o buquê e dizia:
Ju
Para alegrar o teu dia. Tive que sair cedo pois tinha compromissos e não te quis acordar.
Foi fantástico, espero que para ti também.
Um beijo
RodJuliette sorriu e cheirou as rosas. Colocou-as numa jarra e levou juntamente com a cesta para o quarto. Na cesta havia 3 livros de romance e muitos chocolates.
"Este homem quer engordar-me. Só pode."
...
Acordei cedo pois tinha uma reunião marcada com o meu pai para as primeiras horas da manhã. Fui ao banheiro e como Juliette ainda dormia, aconcheguei-lhe o lençol e o cobertor. Reparei na mancha de sangue na cama e lembrei-me do quanto ela gemeu de dor quando a penetrei na noite anterior.
Queria poder ficar com ela e dar-lhe carinho logo pela manhã, mas o dever chamava.
Resolvi fazer-lhe um agrado. Comprei livros, flores e chocolates e mandei entregar. Espero que ela goste.- Bom dia, pai.
- Bom dia, Rodolffo. Não dormiste em casa? Quando saí a tua mãe disse-me.
- Entretanto já passei por lá para mudar de roupa e tomar banho.
- Que paquerada é essa que nem podes tomar banho. Não tiveste que fugir de nenhum marido, não?
- Pai pelo amor de Deus. A ti eu vou contar, porque é necessário. Estive com a Juliette. Eu gosto dela.
- Desde quando?
- Desde o primeiro dia. Nunca lho disse, mas ontem aconteceu.
- Sabes o apreço que eu tenho por ela. Não faças nada que a machuque nem que ponha em causa o lugar dela aqui na agência. Sabes que ela neste momento é o rosto da casa.
- Eu sei pai, mas não foi por isso que me envolvi com ela. Gosto dela mesmo e vamos retirar aquela proibição de funcionários terem casos uns com os outros. Desde que não manchem a nossa imagem, está tudo certo.
- Tudo bem filho. Vamos ver aqui umas propostas que recebemos.
- Está bem, mas por enquanto não deixe a Juliette saber que sabe de nós dois. Ainda não conversámos sério sobre isso.
- Como queiras filho. Palpita-me que os dois não estão na mesma onda e espero não estar enganado.