Capítulo VII

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Boruto Uzumaki

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Boruto Uzumaki

Desespero.

Foi o que tomou conta de mim assim que encontrei o corpo físico de Sarada esparramado no chão da biblioteca, totalmente desacordada. Branca feito uma folha de papel, os lábios compridos e com os olhos agitados por baixo das pálpebras fechadas.

– Sarada! Saradaaaa! Vamos linda... acorde! Por favor...

Tentei inutilmente chamá-la, fazendo um grande esforço para me concentrar e poder emanar o máximo da minha energia possível em sua direção, a fim de conseguir tocá-la na face com a palma da minha mão.

E mesmo que tenha sido um toque meramente espiritual, um conectar de almas, eu pude sentir seu corpo frio feito gelo, embora o coração estranhamente batesse acelerado, como se Sarada estivesse assustada e as cores de sua aura alternando entre o claro e o escuro, numa bagunça magnética sem igual.

MERDA! MERDA! MERDA!

Automaticamente, como se estivéssemos realmente ligados por algum tipo de fio, laço celestial, ou sei lá o quê, meu corpo fluídico esfriou ao ponto de parecer quase congelar. Uma dor alucinante rasgando o peito feito navalha, me deixou com a sensação de sufocamento, sem fôlego, como se caísse de um alto precipício numa velocidade absurda sem conseguir respirar.

Conforme eu sentia nossa conexão ficando cada vez mais forte, como se eu estivesse me aproximando passo a passo da alma de Sarada, ultrapassando as barreiras que sempre existiram por ali, mais eu sofria, mais me doía por dentro, como se não existisse mais luz, não existisse mais esperança no mundo, só tristeza e lamentação.

E era Sarada a culpada de tudo. Era ela quem estava emanando esse monte de sentimentos horríveis, como se drenasse, pouco a pouco, pedacinho por pedacinho da minha alma e levando para a escuridão.

Mas que porra estava acontecendo? O que era tudo isso? Cadê o pai dela? Cadê o Tio Sasuke?

Um medo avassalador me consumia feito ácido, corroendo minhas forças, minando minhas energias, me transformando em algo sem cor, sem vida, sem nada.

– Porra! Pensa... pensa Boruto seu burro inútil... você precisa fazer alguma coisa! – praguejei contra mim mesmo, com um ódio genuíno sem precedentes, seguido de um outro sentimento tão ruim que fazia tempo que eu não sentia.

Tristeza. Uma tristeza sem fim. Dolorida demais, ao ponto de eu desejar gritar, espernear e por fim acabar com tudo.

Eu chorava igual a um maldito bebê, envolto cada vez mais por um manto negro de energias destrutivas, que impregnavam paulatinamente no meu coração, enchendo-o de uma coisa gosmenta preta. Prestes a desistir de tudo e me entregar, permitindo que a escuridão me dominasse, foi quando eu ouvi então, a voz dela. Retumbando feito trombetas na minha mente.

Firme, forte, porém com o mesmo tom carinhoso e maternal de sempre.

– BORUTO! Boruto, querido... seja fiel ao seu coração, a sua essência. Lute por você, para que possa lutar por Sarada também. Apegue-se no que tens de melhor e lembre-se de tudo o que lhe ensinei.

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