25 - Me senti viva

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Boa leitura e uma ótimo semana.
Beijinhos. ❤️😘

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*Maraisa*

Acordei soada e com aquela sensação horrível do medo percorrendo todo meu corpo, olhei tudo ao redor, conseguindo aos poucos me acalmar, estava no meu quarto em São Paulo, ele já não estava aqui, precisava colocar isso na cabeça.

Quando mais próximo meu retorno a Goiânia, mas as lembranças dolorosas do que aconteceu lá me invadiam, me deixando amedrontada e ansiosa.

Sentia que poderia entrar em crise a qualquer momento.

Minha respiração ainda estava pesada, meu corpo soado e tenso. Parei e tentei respirar, buscando uma calma que de verdade não vinha.

-"Ta tudo bem?" /me assustei com a voz, até perceber que era Fernando ainda em vídeo chamada.

O homem me olhava preocupado, ele claramente havia acordado com meu susto, seus olhos levemente inchados pelo sono era visível.

-"Amor, tudo bem?" /perguntou mais uma vez, seu carinho e cuidado comigo era tão fofo, Fernando me trazia a paz que tanto buscava.

-Sim, só um sonho ruim. /sorri minimamente e sabia que ele entendo o motivo do meu medo.

-Tá tudo bem, você agora está segura. /ele tentou me acalmar, e realmente o ouvir me trouxe a paz e a calma que a pouco pareciam tão distante.

...

Conversei com Marília e ela não aceitou meu afastamento do colégio, após uma longa conversa ela me convenceu a me afastar por um tempo, até os ânimos se acalmarem, inclusive os meus. Maiara também não gosto nada de saber que me afastaria, ambas ficaram irritadas, eu as intendia, elas achavam que Aline estava me manipulando, mas não era por ela, e sim por Antônio.

A semana passou lentamente, não falei para Fernando que estava afastada do colégio, não era uma conversa para se ter a distância. Com essa semana mais livre conseguir manejar muitos pacientes para manhã, assim não atrasaria tanto a agenda da semana que vem, que estaria em Goiânia.

Já era sexta e finalmente havia acabado de finalizar a consulta do último paciente, estava fechando algumas pastas de pacientes que tiveram sessão hoje quando Vívian entrou.

-Com licença.

-Pode entrar, Vívian. /a mulher sorriu e entrou.

-Já fechei os relatórios de hoje, será que posso ir? Tenho compromisso...

-Meu Deus, claro Vívian, você havia me avisando, me desculpe. /ela agradeceu e saiu, fiquei ali com a cara naqueles documentos, Fernando chegaria amanhã e não queria fica com nenhuma pendência para o final de semana.

Quando terminei olhei o relógio e me assustei com o horário, já era quase 22 e eu continuava aqui. Rapidamente arrumei minha bolsa e quando estava saindo da sala ouvir barulho do lado de fora, por um momento o medo me paralisou e minha única reação foi me manter parada, tentando fazer o mínimo de barulho possível, com cuidado coloquei a mão na chave, mas antes que pudesse gira-la, a porta foi aberta.

Sentir meu corpo gelar e aquele desespero tão conhecido tomar conta de mim, em seguida meus olhos se encheram de água, para então ver o homem a minha frente.

-Puta que pariu, quer me matar? /coloquei a mão no peito, deixamos as lágrimas escorreram, foi uma confusão de sentimentos, o medo ainda tensionava meus músculos, o alívio aos poucos tomava conta do meu corpo começando a relaxa-lo e a alegria por tê-lo aqui em minha frente, aos poucos se tornava o sentimento mais intenso em mim.

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