Capítulo 5 ''Perdão e justiça''

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O sol estava começando a dar as caras, sinal de que eu estava a madrugada inteira treinando sem parar na floresta com Hama.

O suor escorria pelo meu rosto, meu coração batia como louco em meu peito enquanto eu tentava respirar.

—Mais uma vez. —Ela ordenou atrás de mim.

Minhas pernas tremiam, senti minha visão escurecer.

—Estou exausta. —Consegui murmurar.

—Mais uma vez. —Ela ignorou.

Caí de joelhos na grama molhada pelo sereno da noite, minha cabeça começou a dar voltas.

—Hama por favor. —Encostei minha testa no chão, respirando pesadamente.

Meus músculos se moveram sem minha permissão, me levantei forçadamente sentindo cada veia do meu corpo ir contra a minha vontade.

—Mais. Uma. Vez. —Ela fez meu corpo se virar apenas para encarar seus olhos fundos, cheio de raiva.

Entrei em modo instintivo, minha mente lutou para sobreviver.

—Me solta. —Ordenei. A grama estremesseu com minha ordem. Minha raiva.

A mulher a minha frente revirou os olhos antes de forçar meu corpo a se ajoelhar.

—Pensei que depois dessas semanas você ficaria mais forte. Mas pelo o que estou vendo ainda é a mesma garotinha assustada que encontrei na praia naquela noite. —Ela provocou. Sabendo exatamente meus pontos fracos, o que me faria enlouquecer. —Não é a toa que aquela sua amiguinha morreu. Como era o nome dela mesmo? Nala? —Meus olhos se arregalaram quando uma raiva repentina correu pelo meu sangue, nem percebi quando me levantei por vontade própria, saindo do seu controle.

—Cale a boca. —Levantei meu braço e assumi minha posição de ataque, de repente meu cansaço havia desaparecido. A raiva foi o suficiente para fazer com que meu corpo tivesse motivação suficiente para se levantar novamente.

—E não vamos esquecer do seu querido amor. —Ela sorriu quando viu o ódio em meus olhos. —O traidor que te deixou quando percebeu que você não tinha nada para oferecer.

Senti meu coração bater mais rápido que o normal, meu corpo se movendo sozinho enquanto era controlado por aquela emoção forte que ela provocou em mim.

Hama caiu ajoelhada no chão contra a vontade dela, sendo pressionada na grama com força suficiente para que ela começasse a implorar para que eu parasse.

Não ouvi de imediado seus gritos de dor, mas quando acordei do transe, quando vi o que estava fazendo, minhas mãos cobriram minha boca enquanto eu soltava um som de surpresa e pavor.

A mulher mais velha caiu sem forças no chão depois que a libertei da minha dominação, ainda choramingando de dor.

—Mestra! Eu sinto muito! Por favor me perdoe! —Corri ao seu encontro, ficando de joelhos ao lado dela para a ajudar a se levantar.

Ela segurou meu pulso com força, arranhando minha pele com suas unhas afiadas enquanto começava a rir alto.

—Por que você parou?! —Ele perguntou entre os risos macabros, me olhando com insanidade.

Gritei quando senti suas unhas perfurando minha pele, um medo repentino arrepiou minha espinha.

—Eu estava te machucando. —Eu respondi com a voz fraca, fechando os olhos pela dor começar a ficar insuportável quando ela apertou meu pulso ainda mais.

Senti meu sangue escorrer pelo meu braço.

—Vai parar quando perceber que está machucando os soldados da Nação do Fogo?! Vai parar quando eles começarem a implorar por suas vidas?!

𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤𝐧𝐞𝐬𝐬 𝐿𝑖𝑣𝑟𝑜 3 (Zuko - Female reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora