Capítulo 2 ''Sinceridade''

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—Você é uma dobradora de água poderosa. — A mulher mais velha, Hama, disse á minha frente. —Tenho certeza que vamos nos entender.

Meu rosto ainda estava molhado pelas lágrimas, meu olhar petrificado com ódio seguiu a mulher que me rodeava. As folhas das árvores dançavam pelo vento forte da praia.

—Não me disse até agora o que quer em troca de me ajudar.— Minha voz saiu rouca, rasgando minha garganta.

—Apressada. Raivosa.— Ela sorri. —Será perfeita.

Estreitei os olhos para ela, Yuki rosnou quando Hama se aproximou de mim.

—Quero que seja minha pupila. —Ela fez a proposta.

Levantei uma das sombrancelhas.

—Pupila? —A luz da lua cheia iluminou a praia por inteiro, veias grossas apareceram no braço dela.

A mulher girou a mão no ar e partículas de água começaram a surgir. Meus olhos assumiram um choque total.

—Pupila.— Ela confirmou. —Criei uma técnica, e quero que ela passe adiante pelos dobradores como nós. Irei te ensinar mocinha... Uma forma de cobrar o sofrimento que todos nós sofremos por essa Nação maldita.

—Almoçar fora? Sério Agni? Não temos tempo para isso. —O garoto me puxava com força por entre as ruas da cidade costeira.

—É só um almoço Catléya. Vamos!— Ele insistiu, me puxando mais forte.

A venda que cobria um dos meus olhos não me impossibilitou de ver seu sorriso brilhante. Ele estava tentando me distrair, tentando me fazer esquecer um pouco sobre minhas tentativas.

—Ao menos tem dinheiro para isso?— Perguntei.

—Você se preoucupa de mais.—Um menino com uniforme escolar esbarrou em mim.

Seus olhos cinzas se encontraram com o meu, sua fisionomia se mostrou familiar em minha cabeça.

—Aang?— Fui capaz de pronunciar.

—Pegamos você.— Dois homens apareceram e ficaram de frente para ele. —Achou que iria ficar escondido para sempre?

—Senhora?—Agni chamou minha atenção, eu não conseguia tirar os olhos do garoto.

Os braços e as costas das mãos cobertas, a faixa cobrindo a testa onde deveria estar a seta. O cabelo crescido.

Era ele.

Eu não tinha dúvidas.

Iroh estava certo no final das contas.

—Da próxima vez que decidir matar aula ao menos tire seu uniforme.— Os dois homens pegaram Aang pelos ombros, o empurrando até a escola.

—Catléya?—Agni tocou meu ombro, tentando chamar minha atenção de novo.

—O almoço vai ter que esperar Agni.— Um sorriso sagaz atravessou meu rosto. —É hora de reencontrar um velho amigo.

 —É hora de reencontrar um velho amigo

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𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤𝐧𝐞𝐬𝐬 𝐿𝑖𝑣𝑟𝑜 3 (Zuko - Female reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora