Capítulo 6

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Galeraaaaaa!

Mais um capítulo!

Está chegando perto de eu postar os dois capítulos que me deixam mais ansiosa pra liberar. Um estou escrevendo e o outro será escrito logo em seguida.

Tem duas coisinhas aqui que serão abordadas mais na frente. O que vocês acham que é?

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Os dois meses seguintes passaram voando perante os olhos de Diego, levando consigo a marca da agressão de Ivo.

A nova rotina corrida começava a dar indícios de sobrecarregar o corpo do rapaz. Comia pouco, tinha pouquíssimas horas de sono e o período da noite separava para gravar seus vídeos para o Tik Tok e o Instagram, plataformas responsáveis por sua renda extra e por conseguir arcar com a sua carreira artística.

Nunca na vida imaginou ter uma vida dupla, onde era Diego para quem o cercava. Porém, nas redes sociais, era conhecido como Princess, uma drag queen ousada, engraçada, forte, atrevida, sensual e de personalidade forte. Tomava as devidas precauções para que somente a família soubesse dessa parte de sua vida, já que, no fundo, não desejava revelar sua identidade pela esperança de finalizar o curso de Direito e conseguir atuar na área – e, é claro, conciliar o trabalho artístico com o de advogado. Portanto, as noites eram destinadas a ela para produzir vídeos e criar roteiros.


Assim como nos demais aspectos dos últimos anos, aquilo não fora planejado. Na verdade, fora ideia de uma certa mulher morena, quem sempre usava perfumes, vestidos vermelhos chamativos e fumava cigarro.

Num sábado estava no lugar onde se tornou seu refúgio. Estava preocupado. Apesar da alta, a mãe precisava de medicamentos caros, assim como andador para auxiliá-la a transitar pelos espaços por longos meses.

Apesar de empregado no salão de Cacá, os valores não batiam – e as dívidas começavam a se formar.

- Que cara feia é essa? – a mulher indagou com certa amorosidade – Lugar pra tristeza é do portão pra fora. Aqui quero ver alegria e esperança.

- É que estou com uns problemas.

A moça bonita puxou o tecido da saia rendada do vestido que ia até o pé. O enrolou na mão, a fechou em punho e descansou na cintura.

- Mas você está fodido, mesmo, hein? Puta que pariu.

A fala lhe arrancou uma risada por ser verdadeira.

- Qual é o problema dessa vez? – deu um trago no cigarro.

- O dinheiro não está sendo suficiente. Os remédios da minha mãe são caros.

- Hum... – refletiu por um momento o encarando antes de prosseguir – Você tem um talento escondido. Por que?

- Ah... Eu não acho que...

- Por que não desenterra a porra desse talento logo e o aproveita de maneira a lhe trazer dinheiro?

Ninguém jamais o indagara sobre isso. Gostava de cantar e tinha uma boa extensão vocal, mas nunca pensou em deixar as outras pessoas cientes disso.

- Não sei como.

- Essa parte eu resolvo. – bateu no próprio peito com autoridade – O seu dever é correr atrás. O resto deixa comigo. É claro, se quiser. A escolha é sua, mas também será o eu dever lidar com as consequências do que escolher.

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