Voltando!
Gente, ontem vi que tem umas 250 páginas dessa fic no Word.
Socorro!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Bruno Boer se fechara emocionalmente como forma de se proteger desde quando fora vítima de tráfico humano.
O contato que tinha além dos clientes era com as outras meninas e os meninos que moravam na boate. Rapidamente aprendera a suprimir suas emoções para se guiar pela lógica objetivando sobreviver. E por ser guiado pelo modo sobrevivência, aceitava se prostituir para permanecer vivo.
Portanto, não relaxava em momento nenhum e as noites costumavam ser movimentadas. Exceto, é claro, quando ia de encontro com Sérgio nos hotéis, quem usava de identidades falsas para não levantar suspeitas. Afinal, por qual motivo o cliente de Bruno solicitaria tantas vezes a presença do ator?
Inicialmente os temas centrais eram as informações dadas sobre quem estaria por detrás da quadrilha. Descobriu agirem por meio da Internet, geralmente por sites de idiomas ou aplicativos de relacionamento. Quando percebiam conquistar as vítimas, as levavam para viagens no país onde seriam traficadas – geralmente países do Oriente Médio. Dava nomes ao policial, assim como revelou o desaparecimento de algumas – para, dessa vez, seus órgãos serem vendidos por meio do tráfico.
Entretanto, algo de diferente acontecia. Começara a crescer entre eles algo além da relação entre a vítima e seu salvador. Eles não imaginavam que aguardariam ansiosos para se verem. Isso aconteceu aos poucos, à medida que conversavam temas aleatórios pelas horas permanecidas no quarto até começarem a falar de suas vidas.
Sérgio, quem se mantinha sempre sentado no sofá, gostava de ouvi-lo contar sobre as suas histórias da profissão. Os olhos azuis brilhavam lindamente enquanto transformava em palavras as suas recordações. Ali, naquele espaço, conseguia ser ele mesmo: falava em seu idioma com outro brasileiro, ria sem fingir, não precisava usar de trejeitos sedutores para ganhar um bônus. Era apenas Bruno, quem, sentado na cama ou deitado, conseguia relaxar naquelas horas.
Descobriu apreciar o som do riso do mais velho e até a se perguntar o quão calorosos eram aqueles braços. Provavelmente se sentiria bem seguro neles.
O policial se encantava com o rapaz.
A simpatia, o humor e a alegria eram contagiantes. Mais de uma vez se pegou gargalhando com as encenações do mais novo, quem lhe contava suas histórias do teatro: histórias de coisas que deram errado, improvisos e de como eram as peças infantis – um verdadeiro caos.
Se admiravam em segredo: o amigo de Diego o achando belo e o amigo de Amaury se fascinando.
Sérgio, inicialmente, se mantinha no sofá enquanto o outro intercalava entre o chão e a cama. Respeitava esse espaço porque imaginava como era difícil a realidade. Queria lhe deixar confortável, não fazê-lo pensar que o via apenas como um pedaço de carne para ser usado assim como vinha acontecendo.
- Gato, me explica uma coisa? – deitado de bruços, apoiou o queixo sobre as mãos cruzadas no colchão.
- Claro.
- Por que sempre senta aí nesse sofá?
- Eu não quero te deixar desconfortável. – deu de ombros com o tronco inclinado – Você já está passando por uma situação bem complicada... Não quero piorar.
Um pequeno sorriso se formou lentamente nos lábios.
- É doce da sua parte, sabia? – comentou num murmúrio acabrunhado desviando o olhar.
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Second Chance
Romance"Um amor faz sofrer Dor de amor faz chorar" Amaury e Diego se reencontram após quatro anos separados devido a uma cilada que caíram no passado e sequer notaram. Amaury culpa Diego pela separação. Diego foi embora sem sequer pedir explicação. O desti...