Capítulo 10

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Voltei!

Mais um capítulo fofo pra vocês.

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Diego sentia algo macio de pequeno porte em sua barriga responsável por despertá-lo. Algo o pressionava em duas áreas bem próximas em movimentos alternados, quase como se amassasse pão.

Facilmente conseguiria dormir mais alguns minutos caso a gata não fosse tão insistente.

Roçava a cabeça felpuda na face relaxada, miando de vez em quando, sem se importar em caminhar sobre o corpo do rapaz – e até mesmo decidir que a testa era o lugar propício para descansar.

- Hum... – fez uma careta ao receber lambidas ásperas no nariz – Você é teimosa igual o seu pai, sabia?

Precisou sentar-se de olhos fechados pelo felino achar a posição bem confortável naquele amplo espaço: deitada confortavelmente no colchão, com o pelo no rosto do ruivo.

Ao erguer as pálpebras com o cobertor lhe cobrindo a nudez, a gata não hesitou em se acomodar em seu colo.

- Bom dia pra você também, criança. – bocejou a acariciando.

Amaury entrava descalço no quarto com uma da xícara de café consigo.

Despertara uma hora mais cedo, então tomara banho e pedira comida para almoçarem. Embora gostasse de cozinhar, não queria correr o risco de ficar um minuto sequer longe do seu pequetito.

- Vim te acordar, mas vi que alguém chegou primeiro.

Pôs a xícara na mesa e sentou na cama lhe dando um selinho. Usava uma regata branca amassada e uma bermuda de algodão para descer e buscar a refeição que chegaria dentro de alguns minutos.

- Bom dia, amor. São que horas?

Os semblantes eram mais leves mesmo se não percebessem tal detalhe.

- Quase meio-dia, por isso vim te chamar. Pedi comida pra gente pelo IFood. Acordei não tem muito tempo e estou com preguiça de cozinhar.

- Que bom que pediu comida. Estou cheio de fome.

O vendo sentado de lado, indagou:

- Está tudo bem? A delicadeza passou longe quando transamos no sofá.

- Apenas meio dolorido. Nada de demais.

Uma pata o atingiu na mão, só parando quando o dono lhe deu afagos no pescoço macio.

- Bom dia pra você também, Kiara. – resmungou.

- Temperamental...

- Igual um certo pinscher que conheço. – sorriu o encarando com olhos brilhantes.

- E teimosa igual o pai. – rebateu com humor.

- Teimosa, não. Perseverante.

- Ah, tá! Confia. – deu um risinho antes da voz tomar uma ponta de seriedade – Ainda temos algumas coisas pra conversar, amor.

- Eu sei. – havia certo pesar no tom.

A gata colocou as patinhas dianteiras no abdômen de Amaury, farejando o seu rosto.

- Está disposto a conversarmos hoje?

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