Capítulo 7

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Galeraaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!

Antecipei porque sou ansiosa.

Escrevi ontem um capítulo que está UM SABOR!

Caso eu cite algumas músicas, indico ouví-las durante a leitura.

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Diego deveria receber um prêmio por exercer a sua paciência de uma forma tão tranquila e ponderada. A família não parava de levantar questionamentos acerca do motivo de Amaury leva-lo pra casa e de onde surgira a comida com as sobremesas. Contou o motivo – não com todos os detalhes. A resposta fora bem superficial, frisando que era seu professor e a relação aluno-professor não abria espaço para sentimentos, principalmente quando ambas as partes não sentiam nada mais pela outra – o que não era o caso.

Apenas especificou que havia passado mal por não comer durante o dia, então resolveu trazê-lo para casa após Diego comprar algumas quentinhas de uma barraquinha de comida do lado de fora da faculdade – e essa parte ambas não acreditaram pela qualidade da comida ser completamente superior a qualquer comida de rua ou de bairro.


Após aquela noite a interação entre os dois havia melhorado um pouco. Embora não se falassem, a energia permeada neles tornara-se mais branda. Existia um quê de algo mais tranquilo, como se mais um muro de cada lado desmoronasse, tirando parte da carga emocional que carregavam. A cada aula os olhares ficaram mais aprazíveis e confortáveis na presença um do outro.

Na instituição de ensino não poderiam conversar para não levantar boatos. Entretanto, quando se viam ou se esbarravam nos corredores, as interações, por mais sutis que fossem, eram mais leves. Davam sorrisinhos, acenavam com a cabeça ou trocavam olhares interessados.

Uma vez, quando a aula terminou mais cedo, Diego fora lanchar com um grupo de colegas estudantes na lanchonete. Amaury mudou seus planos ao avistá-lo. Comprou uma porção de salgadinho frito e uma latinha de refrigerante. Em seguida, se posicionou numa mesa de frente ao ruivo, onde poderia observá-lo. Se comunicaram de forma não verbal disfarçadamente, onde, num ar carregado de humor, comentavam sobre o lanche.

Imediatamente, quando um loiro encostou momentaneamente a cabeça no ombro, o advogado fechou o semblante sem esconder o desgosto. A reação do outro foi simplesmente rir e dar de ombros ao responder um comentário irônico. Rolou os olhos ainda incomodado. Por fim, o mais novo começou a cantar, já que a letra encaixava tanto no teor da conversa quanto na conduta do outro.

- Amizade. – encarou o colega ao lado – Juntos até o final. – fitou o ex – Amizade. – voltou-se para a mulher na sua frente – Juntos nós estamos. – encarou o outro – Amizade!

Demonstrou não se dar por convencido com uma expressão sarcástica a qual foi retrucada com uma careta.


No final da tarde da semana seguinte Diego o vira ao longe sair do carro com um homem pardo. Escondera-se atrás de uma grande árvore para observá-los.

Dialogavam com certa intimidade relativamente próximos. Quando Amaury colocou a mão sobre o ombro do desconhecido e a manteve ali, seu coração apertou. Não revelaria seus sentimentos para o ex jamais, portanto não comentaria sobre aquilo. Ao se despedirem com um abraço prolongado os olhos encheram de lágrimas contidas.

Sempre pedira a toda e qualquer força divina existente para, caso se deparasse com Amaury, não vê-lo na companhia de um namorado, ficante ou affair. Suportaria a distância como a vinha suportando. Entretanto, seu coração calejado sofreria. O coração não estava totalmente curado. Haviam remendos, esparadrapos e band-aids para fechar as feridas abertas, além das cicatrizes protuberantes. Já se acostumara com a presença dele e até permitira certo abeiramento. Todavia, ainda não estava pronto para vê-lo tão íntimo de alguém além dele – de novo, mesmo sem estarem num relacionamento.

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