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"É avassalador uma vida que é seguida de tentativa de corrigir os erros que cometemos na ânsia de acertar.Isso pode acabar lhe sufocando."

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Ana Flávia Castela————————————————–—

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Ana Flávia Castela
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O silêncio de pensamentos se encerra de repente,eu estou seminua,no chão terroso de um parque,assustada...E sem ar.

Estou sem ar.

Minha bombinha está prensada no meu moletom,mas não consigo pegá-la,não consigo tirar Matheus de cima de mim.

Estou paralisada.Indefesa.

Sendo devorada aos poucos enquanto ele repete meu nome de forma insalubre na sua boca.

—Ana.- eu acordo em um susto da cama,como se tivessem jogado um balde de água fria para me afogar diretamente no colchão e de repente eu preciso de todo o ar do ambiente.

Mas na verdade é só o pânico do pesadelo que está se esvaindo.

—Ei calma,eu tô aqui,você está em casa.Ta tudo bem.- Giana parece listar rapidamente tudo o que pode para me acalmar e me fazer enxergar a realidade.

O que funciona,só de ouvir sua voz já é um alívio imenso.

Mas então finalmente percebo que não estou na minha cama.

—dormi aqui na noite passada?

—sim,mais relaxa- Ela acaricia meu ombro ao se sentar na beirada do colchão.

—eu liguei para sua mãe e disse que você acabou pegando no sono depois de vermos um filme e ela deixou você ficar,para não incomodar a sua amiga doente.

—Não se apelide de "amiga doente".-eu digo meio rancorosa por ela insistir nesse termo e começo a pressionar minha tempora com meus indicadores.

Tudo parece nublado e estranho na minha cabeça sobre ontem.

Eu só lembro de Matheus em cima de mim.E de repente,ele não estava mais lá.

Alguém o tirou de cima de mim.

—Gustavo...-eu digo sem perceber que estou ditando seu nome em voz alta.

Mas Giana ouve.

—desculpe eu não sabia pra quem ligar,e ele meio que já estava fora de casa me procurando.O que foi uma sorte imensa.

Ou o meu pior azar.

Se Gustavo me odiava antes,então agora ele deve querer me esfolar viva após ver a situação em que enfiei sua irmã mais nova e que está doente.

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