꧁Oito꧂

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𝒜𝑒𝓂𝑜𝓃𝒹 𝒯𝒶𝓇𝑔𝒶𝓇𝓎𝑒𝓃

A vitória do Aegon dependia da lealdade dos grandes senhores de Westeros, e minha missão era conquistá-los para a causa de meu irmão, Aegon II. Montado em Vhagar, minha confiança era inquestionável.

Quando cheguei a Ponta Tempestade, a fortaleza dos Baratheon, fui recebido com a devida formalidade. Lorde Borros Baratheon, um homem imponente e pragmático, ouviu meus argumentos. Expliquei a necessidade de estabilidade e a legitimidade da reivindicação de Aegon ao trono. Borros estava inclinado a apoiar nossa causa, mas ainda havia uma questão a resolver.

Foi então que Lucerys Velaryon, o bastardo de Rhaenyra e meu odiado sobrinho, chegou à fortaleza. A presença daquele garoto trouxe à tona todos os meus instintos. Ele veio em nome de sua mãe, tentando assegurar o apoio dos Baratheon para o lado deles. Mas minha persuasão foi mais eficaz. Consegui convencer Borros da força de nossa posição e da inevitabilidade de nossa vitória antes da chegada dele.

Borros, decidido, recusou a oferta de Lucerys, recusando-se a ouvir mais qualquer proposta de Rhaenyra. Observando a frustração e o medo nos olhos de Lucerys, senti uma satisfação inevitável.

"Um momento, meu Lorde Strong" disse eu, com as duas mãos para trás. Fiz uma pausa deliberada, deixando o peso do silêncio cair sobre a sala, aumentando a tensão no ambiente.

"Você realmente achou," continuei, minha voz carregada de desprezo, "que poderia sobrevoar o reino tentando roubar o trono de meu irmão sem pagar por isso?" Meu olhar estava fixo em Lucerys, frio e fixo, enquanto cada palavra cortava como uma faca.

Eu via o pavor crescendo em seus olhos, a compreensão de que não haveria escapatória fácil. Ele estava finalmente percebendo a gravidade de suas ações e o custo que isso acarretaria.

Minhas palavras cortaram o ar pesado da sala como uma lâmina, enquanto meus olhos perfuravam Lucerys com um olhar incisivo, carregado de desprezo e ameaça. Era evidente que ele não estava preparado para me enfrentar ali.

Lucerys, o jovem e inexperiente bastardo de Rhaenyra, mal conseguia esconder seu medo. Seus olhos arregalados revelavam uma profunda insegurança, uma mistura de pavor e desconforto. Ele parecia um cervo encurralado, consciente de que estava à mercê do predador. Cada movimento seu transpirava nervosismo, como se a qualquer momento esperasse um ataque iminente.

"Estou aqui como um mensageiro, não como um guerreiro," disse Lucerys, sua voz trêmula mas tentando manter a compostura. "Não vim para lutar." os olhos arregalados de medo enquanto buscavam alguma réstia de misericórdia nos meus. Seu rosto mostrava uma mistura de determinação juvenil e pavor, tentando desesperadamente se manter firme diante da ameaça.

Eu saboreava cada instante. A visão de Lucerys apavorado era uma doce vingança por todas as ofensas passadas.

"Ah, uma luta seria desafiadora," disse eu com uma ironia cortante, fazendo uma pausa dramática para deixar a tensão aumentar. "Mas não..." Continuando a falar, levei a mão ao meu tapa-olho e o removi lentamente, revelando a safira brilhante no lugar onde um dia esteve meu olho.

"Eu quero que você tire um dos seus olhos. Como pagamento pelo que você me tirou," declarei, a pedra preciosa reluzindo com um brilho frio. Meus olhos, agora desiguais, fixaram-se em Lucerys, observando a reação de horror e desespero que se desenhava em seu rosto. Ele recuou um passo, o medo visível em cada linha de sua expressão, enquanto tentava assimilar a terrível exigência que eu acabara de fazer.

"Um só vai servir," acrescentei com um tom gélido, observando Lucerys estremecer. Lentamente, tirei uma adaga afiada da minha cintura, sua lâmina brilhando sob a luz das tochas.

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