꧁Dezesseis꧂

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𝒜𝑒𝓂𝑜𝓃𝒹 𝒯𝒶𝓇𝑔𝒶𝓇𝓎𝑒𝓃

Noites sem dormir e dias inteiros fissurado em um único objetivo: encontrar o montador. Meu castelo e minha família estavam um caos, mas nada conseguia prender minha atenção. A busca se tornara uma obsessão, uma chama incessante que queimava dentro de mim, eclipsando todas as outras preocupações e responsabilidades.

Voltando de uma visita ao castelo do Lorde Baratheon, sobrevoava a noite quando avistei uma fogueira em uma área isolada. O brilho da chama, visível até de cima, imediatamente despertou minha atenção.

Tive alguns momentos para poder procurar pelo montador, mas sempre que a oportunidade surgia, eu desviava de minhas funções para realizar essa busca. Era uma missão pessoal, um objetivo que eu não podia ignorar, mesmo que isso significasse arriscar minha vida e sanidade. Cada instante livre era dedicado a seguir pistas e rastros.

Eu não sabia se deveria ir ao encontro daquela fogueira ou simplesmente ir embora. Poderia ser apenas pescadores ou alguns trabalhadores do local... mas e se não fosse? A dúvida me corroía. Cada possibilidade se desenrolava na minha mente enquanto eu observava a luz tremeluzente à distância. A tentação de ver de perto me puxava, mas a incerteza e o risco me seguravam no lugar.

Apesar da incerteza, algo dentro de mim tinha certeza de que quem estava ali perto da fogueira era o montador prepotente. Era como se eu pudesse sentir o cheiro, uma presença inconfundível que me atraía com uma força irresistível. A chama da obsessão queimava mais intensamente, e a hesitação começou a se dissipar diante da certeza instintiva de que minha busca estava prestes a chegar ao fim.

Finalmente...

A perspectiva de finalmente encontrar o montador misterioso, que eu vinha procurando, estava ao meu alcance. A raiva pela busca prolongada misturava-se com a satisfação iminente de resolver o enigma.

Pousei Vhagar não muito longe, com uma irritação crescente pela necessidade de manter o silêncio. Cada movimento calculado parecia uma provocação, aumentando minha impaciência. Caminhei com rapidez até me aproximar da fogueira, observando de uma distância segura.

Quando finalmente vi o montador, minha respiração ficou pesada e irregular, como se o ar tivesse se tornado subitamente denso. Senti meus nervos à flor da pele, cada músculo do meu corpo tensionado em antecipação. Meus olhos tremiam ligeiramente, fixos na figura à minha frente, enquanto a adrenalina corria pelas minhas veias. A intensidade do momento era quase sufocante, uma mistura de raiva, excitação e um fervor quase incontrolável.

A visão do montador se movendo ao redor da fogueira só aumentava minha frustração e o desejo de encerrar aquela situação de uma vez.

Fiquei encostado em uma das árvores, minha raiva e impaciência cresciam conforme observava o montador arrogante. Sua postura e movimentos ao redor da fogueira eram uma provocação direta e irritante, como se estivesse me provocando deliberadamente. O prazer de finalmente encontrar o alvo tão perto era uma satisfação amarga.

Eu estava indeciso. Não sabia se deveria confrontá-lo diretamente ou mandar Vhagar queimar cada fio de cabelo dele. A incerteza me corroía por dentro enquanto observava o montador, dividido entre a vontade de lutar e a tentação de saber mais afundo.

A necessidade de encerrar essa situação estava se tornando esmagadora. A frustração de ter que esperar mais e o desejo de confrontar o montador aumentavam a cada segundo. Encontrá-lo tão perto, sem precisar ir longe, trouxe uma satisfação tensa e necessária, que mal podia esperar para ser totalmente realizada.

Algo naquele ser oculto chamava minha atenção e me irritava simultaneamente. A postura, os movimentos, a maneira como se mantinha perto da fogueira – tudo parecia uma provocação.

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