Capítulo 24

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Maria Humphrey

Eu estava me sentindo uma foragida da polícia. Andando descalça, na ponta dos pés, tentando não fazer barulho para não chamar atenção. Entrar no meu quarto neste momento será a melhor coisa que eu quero fazer na minha vida. Vou passar a semana inteira usando calça, para que, a minha mãe não note os meus joelhos ralados. Caramba, o que aconteceu comigo? Eu nunca bebi na vida, nunca fiquei bêbada, quero dizer, duas taças de vinho e champagne não me causaria joelhos ralados por ter tropeçado no meu próprio vestido de tão alcoolizada que eu estava. A minha sorte foi ter Damon ao meu lado. Ele foi o causador de tudo isso, mas também, o meu herói. Contudo, tudo o que ele tentou fazer foi me deixar feliz, ou como ele mesmo disse, livre. Eu não me lembro de muita coisa, mas me lembro dos primeiros copos que tomei e lembro da sensação dos meus primeiros paços na pista de dança, eu estava tão...despreocupada se teria alguém para me julgar.

Damon tem se tornado um amigo e tanto para mim, eu não quero que, o que aconteceu entre nós dois mude isso. Eu já estive em um relacionamento do qual eu odiava, apesar de que, Damon deve ser um ótimo companheiro, só de lembrar dos seus lábios e das suas mãos na minha bunda a eletricidade já percorre por todo o meu corpo. Nunca fui tocada daquela maneira, fora a primeira vez que eu me senti excitada por um homem antes, nem mesmo Jamie Dornan que particularmente era para mim o homem mais lindo e o mais excitante do mundo, me causou tantas sensações como eu senti com o Damon. Mas não posso mais me sentir assim.

Ao segurar a maçaneta da minha porta, escuro outra porta se abrir. Fecho os meus olhos, implorando para Deus, implorando para todas as forças do universo de que não seja a minha mãe.

- Maria?

E então, o meu corpo gelou. A voz da minha mãe ecoou por todo o corredor e desta vez a eletricidade que percorreu pelo meu corpo não era de desejo e sim de medo, pavor.

- Mãe?

Minha mãe me analisava dos pés a cabeça, confusa? Um pouco, mais principalmente tentando entender se a pessoa que está a sua frente é a sua caçula.

- O que...o que aconteceu com você?

- Não...aconteceu nada. - Engulo a seco.

- Não aconteceu nada? Agora deu se mentir para mim? - Ela altera o tom da sua voz e neste momento eu percebi que qualquer desculpa não vai valer de nada.

Entro no meu quarto e jogo os meus sapatos sobre o chão e o meu vestido sobre a cama. Segundos depois começo a compartilhar o espaço do meu quarto com a presença da minha mãe que aguardava furiosa por uma resposta.

- Não vai me explicar o que está acontecendo? O que aconteceu na verdade? Porque o que eu me lembro é que você saiu do baile com o vestido, sem estar descabelada e com os joelhos ralados.

- Eu...acabei caindo.

- Caindo? Porque você caiu?

- Porque...eu tropecei no meu vestido.

- Certo. E porque você está com roupas de homem?

- É...porque o Damon me emprestou a dele.

- Emprestou? - Minha mãe respirou profundamente tentando controlar os nervos. - Onde...você dormiu?

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