Capítulo 22

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Damon Humphrey

— Eu acho melhor você ir devagar. — Impeço Maria de beber mais um copo de tequila.

— E eu acho melhor você parar de ser chato.

Pisco várias e várias vezes tentando assimilar o que eu tinha acabado de escutar. Será possível transformar uma princesa em uma plebeia? Cheguei a pensar, um leve pensamento rápido, que fosse diferente.

— Que bebida você está tomando? — Observo e cheiro o copo a minha frente. — Desde quando você é grosseira com as pessoas, Barbie?

— Eu não fui grosseira com você. — Disse ela deixando todo o seu brilho de liberdade se desfazer do seu rosto.

— Eu estava brincando. Mas é sério, acho melhor você parar de beber um pouco, pode passar mal. Você não está acostumada a beber assim.

— E como você sabe?

Gargalho.

— Devemos entrar em detalhes sobre a sua vida perfeita?

Guy e Kill observavam Maria atentamente que ficou constrangida com o que eu falei, mas não foi de todo mal, não quis prejudica-la ou lhe causa qualquer constrangimento, tudo o que eu falei era verdade, nunca na vida, desde que eu conheço a vida família soube que Maria Humphrey chegou em casa passando mal de tão bêbada.

Maria revira os olhos e se levanta, um pouco irritada, cambaleando para trás. Seguro o seu braço para poder ajuda-la a se manter em pé.

— Eu vou dançar.

— O que?

— Eu vou dançar. — Disse ela jogando a sua bolsa sobre a mesa como se aquele objeto estivesse lhe atrapalhando.

Maria caminhou em direção a pista de dança entrelaçando as pernas, quase tropeçando na barra do seu vestido e começou a dançar, entre aquelas pessoas estranhas.

— Ei! Não vai fazer nada? — Perguntou Guy, ao me cutucar com o braço.

Eu estou tão admirado com a imagem a minha frente. É possível, uma pessoa se sentir não leve e solta, livre, em um único só momento? Era o que eu estava presenciando naquele momento. Maria e eu não somos próximos, nunca tive o prazer de vê-la fazer as coisas que a deixa feliz. Não sei se passeios e compras no shopping devem entrar nessa lista, mas se eu for para parar e pensar, analisar de verdade, talvez, só talvez, esse seja o momento que mais a deixou feliz, o momento onde ela finalmente conseguiu se sentir de verdade, sua própria "eu", o êxtase e o sorriso caloroso em seu rosto provam a minha teoria. É maravilhoso se assistir.

— Não. — Respondo.

— Não? Cara, se alguém reconhecer ela e ver que ela está neste estado, você está fodido, sabia?

— E você acha que eu ligo para isso? — Eu o encaro por alguns segundos. — Desde quando eu me preocupo com o que as pessoas falam e pensam? Olha para ela, ela está se divertindo. — Me ajeito um pouco mais na cadeira, me sentando um pouco para trás encostando as minhas costas contra o encosto para poder admirar com mais conforto a mulher que estava dançando a pouca distância de mim.

Enquanto os seus braços balançavam de um lado para o outro conforme o ritmo da música, os meus olhos não perderam tempo para analisar com mais cautela e atenção as belas curvas do seu corpo, as quais o vestido fazia questão de mostrar para todos. Elas são perfeitas, ainda mais aquela parte, acima da cintura onde se encaixa perfeitamente as mãos. Como será que deve ser tocar por alguns segundos a sua cintura? Será que o seu corpo é macio? Às minhas mãos estão coçando, pegando fogo. Mais os meus olhos não queriam se manter em apenas um único só lugar. Tento vida própria, aos poucos e lentamente os meus olhos começaram a subir, em direção ao decote do seu vestido, para o seu sorriso caloroso, e para os seus olhos, que estavam fixos em mim. Ela sabia exatamente o que eu estava fazendo, e por mais que ela tentasse, ela não conseguia esconder o quão o meu olhar estava lhe agradando. E aquela última parte da dança, me chamou, me cativou, me fez levantar de onde eu estava para seguir até ela.

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