Capítulo 15

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Damon Humphrey

— O que você pensa que está fazendo? — A voz de Devon ecoou sobre o corredor vazio e silencioso.

Depois de uma noite cansativa tudo o que eu mais precisava — além de um banho quente e da minha cama — era que o silencio que pairava pelo corredor permanecesse. Essa noite fora cansativa tanto para mim quanto para Maria. Será que eu sou tão menosprezado por Deus a ponto dele não me dar um minuto de paz?

— Indo para o meu quarto.

— Não se faça de idiota, sabe muito bem do que eu estou falando.

— Não, não sei.

A única coisa que o faria sair do seu quarto para me abordar nesta maneira tem nome e sobrenome, Maria Frazier. Pelo visto o meu plano está saindo perfeito como eu havia planejado. Será que Mariana está incomodada também? Como eu daria qualquer coisa para saber como ela está se sentindo nesse momento, o que ela está pensando.

— Todo o tempo que eu estive namorando com a Maria, vocês dois trocaram poucas palavras, dá para contar nos dedos das mãos. Então me explica porque do nada vocês dois entraram juntos no baile como se fosse um casal?

Gargalho.

— Agora eu tenho que te dar satisfações com quem eu converso ou não?

— O que você faz da sua vida não me interessa, principalmente com quem você conversa, mas essa é uma exceção. Como eu disse, vocês dois trocaram poucas palavras para estarem tão...próximos.

— Ok. Digamos que por um acaso, uma breve loucura do universo, eu lhe devo satisfações da minha vida. Bom, Maria e eu somos amigos.

— Amigos? — Devon deu dois passos para frente quando um sorriso irônico. — Desde quando vocês dois são amigos?

— Pouco tempo. Quer que eu explique como foi? Bom, ela estava tomando ar do lado de fora da casa dos pais, eu havia acabado de chegar do meu treinamento, e eu fui conversar com ela para saber como ela estava depois...do que aconteceu. — Encaro Devon. — Lembra o que aconteceu ou eu preciso refrescar a sua memória?

— Não precisa.

— Que bom. Será que posso ir para o meu quarto agora senhor?

— Eu sei que você está tramando alguma coisa.

— Eu? Sabe que é feio acusar as pessoas? Não estou fazendo nada de errado, apenas...sendo amigo da sua ex namorada. É crime por um acaso?

— Amigo? Fala sério Damon, não existe amizade entre mulher e homem.

— Está com ciúmes irmão? — Cruzo os braços.

Estou me divertindo muito com essa conversa. Vamos ver até que ponto ele vai chegar.

— Eu não estou com ciúmes de ninguém.

— Hmm...não sei. Até uns tempos atrás você vivia falando pelos quatro quantos dessa casa que amava a Maria.

— Não...amo mais. — Devon desviou o olhar.

— Mariana é realmente boa de cama, fez você se apaixonar por ela por causa de uma transa. Será que a Maria é igual?

— Cala a boca! — Devon alterou a voz vim para cima de mim.

— Se não o que? Vai me bater? Cuidado irmão eu sou mais forte do que você.

A porta do quarto dos meus pais se abriu. Minha mãe já estava de penhoar, pronta para dormir, ela nos encarou tentando entender o que estava acontecendo.

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