Capítulo 2

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- Srta. Frazier, o seu motorista acabou de chegar. - Disse Sophia, assim que entrou pela porta do meu escritório.

Sophia é a minha assistente e a funcionária mais legal e a mais prestativa de toda a empresa dos meus pais. Para ela, não há tempo ruim. Com os problemas ocorridos durante essa semana, acabei esquecendo de conversar com o DP sobre as férias da Sophia.

- Obrigada, Sophia.

- Não tem de que. Ah, amanhã você tem uma reunião muito importante os acionistas.

- Que horas?

- Oito da manhã.

- Tão cedo assim?

- Infelizmente sim.

- Tudo bem. - Digo derrotada. - Sophia, antes de você sair gostaria de conversar com você sobre as suas férias.

- Sobre as minhas férias? Jura? Nossa, srta. Frazier, eu estava precisando muito delas.

- Pode escolher o mês.

- Sério?

- Sim.

- Se for possível para o próximo. Não quero abusar da sua boa vontade, mas...os meus pais vão chegar de viagem.

- Está tudo bem. Eu vou ligar para o Joseph, para ele já agendar as suas férias.

- Obrigada, srta. Frazier.

- Disponha. - Levanto da minha cadeira e começo a guardar as coisas mais importantes dentro da minha bolsa. - Esses papéis eu vou levar para casa para poder revisar melhor.

- Quer que eu faça para a você?

- Não precisa.

- Se quiser eu faço, não a problema algum.

- Está tudo bem Sophia, eu posso fazer. Além do mais, ler esses papéis vai me distrair bastante.

Sophia suspira. Toda a empresa já sabe o que aconteceu, e nenhum dos funcionários se atreveram a perguntar ou dizer; " Sinto muito".

- Eu vou indo. Se precisar de alguma coisa é só me chamar. - Sophia abriu a porta.

- Obrigada. - Dou um tímido sorriso de agradecimento.

Após arrumar as minhas coisas, saio da minha sala e caminho para o elevador. Por sorte eu estou sozinha no elevador, o que vai me dar alguns minutos de tranquilidade sem olhares curiosos sobre mim. Eu prefiro mil vezes os olhares de desprezo dos funcionários do que de pena. Ao entrar na empresa dos meus pais, por terceiros, eu fiquei sabendo que muitos dentro dessa empresa ficaram criticando a minha capacidade e principalmente o meu grau de merecimento, o que eu não descordo em absolutamente nada. O único propósito deu ter conseguir um cargo alto dentro dessa empresa com apenas um ano de faculdade concluída e nada de currículo, foi por causa do meu pai. Ser uma das filhas do dono da empresa me dá muitos privilégios, claro que se eu fizer algo de errado aqui dentro meu pai vai me chamar atenção, mas qual é o meu grau de merecimento? Será que eu mereço um cargo tão grande sem nenhuma experiência? Olha quantas pessoas faz anos que trabalham aqui dentro e nunca nem se quer receberam um proposta? Bom, como sempre não vou contra a vontade do meu pai, faço de tudo para dar o meu melhor aqui dentro como qualquer outro funcionário e disso todo mundo sabe e vê.

- Olá de novo, Joe.

- Olá de novo, srta. Frazier.

- Estou louca para chegar em casa e tirar esses sapatos. Eu amo salto alto, mas...eles acabam com os meus pés.

Joe sorri mas fazendo uma careta nada agradável. Será que temos um compromisso agora a tarde?

- Pois é, falando em descansar devo lembra-la que...

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