i like the way you look at me -minho_ maze runner

19. what about me?

------------'xx'☆'----------------'☆'xx'----------
.
.                              ☆
.

   -Um hospital abandonado, sério isso?- me olha irônico

   -Não vamos pegar nada, no mapa diz que é um atalho para um tal de...- digo tentando analisar a palavra riscada- vamos descobrir- dou um passo mas por estarmos de mãos dadas sou impedida de dar mais um, olho para o garoto que me assistia entediado.

     -Esse lugar ta caindo aos pedaços, não me importo de pegar o caminho mais longo- diz

    -Tá com medo, Minho?- brinco

    -Medo não, estou prezando pela sua segurança- tenta justificar mas solto sua mão e vou na frente.

    O escuto bufar e vir logo atrás de mim, seus passos aceleram para que me alcance.

     -Você sempre foi tão impulsiva assim?- implica

     -Você sempre foi sem paciência?- retruco e ele ergue as mãos pedindo trégua.

     Puxo uma lanterna da bolsa mas Minho a toma de minha mão e fica um pouco a frente, gosto quando ele age de forma protetora, me sinto importante mesmo que não seja o melhor dos momentos.

      Está tudo silêncioso, com certeza devem ter cranks por aqui mas pelo silêncio não notaram nossa presença ainda. Passamos por um corredor imenso e colorido, as cores estão desbotadas mas ainda consigo distingui-las, é como um arco íris que roda as paredes e o teto, era a ala pediátrica.

     -Que fofo...- digo dando um curto giro tentando acompanhar o caminho colorido com a cabeça.

     -Me dá náusea- o asiático reclama e eu o empurro.

     -Crianças gostam dessas coisas- o corrijo- devia ser mais bonito na época em que foi feito.

     -Acho que tudo devia ser, imagina viver em uma cidade como essa mas inteira, sabe- diz - Sair com os amigos, ter uma vista legal do apartamento, olhar pela janela e ver que tem tantas pessoas ao redor...

     -Você não gosta de estar sozinho, né- pergunto

     -Odeio pensar em viver uma vida sozinho, não seria viver, só...sobreviver- pareceu pensativo por um momento.

     -Bem, você deu azar de me ter na sua cola- tento animá-lo- não vou sair de perto de você nem que me peça.

   -é bom mesmo- me olha sorrindo- estou ficando com fome.

   -Eu também, quando foi a última vez que comemos?- reclamo

    -Na casa daquela maluca- ele brinca- vamos ver Marjorie de novo?

    -Eu espero que sim, ela iria contar alguma história boba agora pra esquecer o medo de um lugar desses- falo sorrindo e ele concorda.

    -Ainda tenho um pouco de dinheiro, espero que sirva para seja lá onde estejamos indo- ele agora acompanhava o arco íris com a cabeça também- Que tipo de criança você era?