------------'xx'☆'----------------'☆'xx'----------
.
. ☆
.
Se me perguntasse quem sou, minutos atrás eu poderia te responder, acho, mas agora eu mesma me faço essa pergunta.
Abro os olhos com dificuldade, demoram para se ajustar a iluminação do quarto, onde estou? Parecia um quarto de hospital, olho ao redor lentamente procurando entender tudo, um garoto meio loiro dormia com a cabeça apoiada em minhas pernas, deve ter esperado eu acordar sentado ao meu lado por um bom tempo. O cutuco esperando que acorde, ele diz alguma coisa ao me ver, mas não consigo ouvir nada, apenas assisto seus labios se moverem sem som algum. O loiro sai e volta rapidamente ao quarto com alguns médico que começam a me examinar, todos com uma expressão de choque.Novamente o menino se aproxima e segura uma das minhas mãos e diz algo- "Posse uase moeu"- tento ler seus lábios mas é difícil me manter acordada agora.
Ele franze o cenho e aponta para o ouvido e eu nego com a cabeça, vejo que minha resposta causou uma inquietação entre os demais do cômodo. Ninguém sabia que estava surda, isso é novidade? Não me lembro de absolutamente nada.
Meus pensamentos são interrompidos quando ele põe um bloco e uma caneta no meu colo para que eu escreva.-Quem é você?- escrevo na folha e o mostro, o garoto parece pedir para que os médicos se retirem, pega o caderno e escreve.
-Sou Aris- leio no papel
-E qual o meu nome?- escrevo
-Lana- leio novamente no papel, é estranho que eu não saiba meu próprio nome, mas ainda assim, sinto como se não estivesse certo.
-O que aconteceu? Por que nao ouço nada?- escrevo me referindo a tudo, o quarto, os médicos, tudo.
-Voce sofreu um acidente durante uma invasão de rebeldes- parece uma piada ler aquilo, então o olho tentando achar um sorriso ou alguma coisa, mas parecia ser sério mesmo. Rebeldes? Onde é que eu estou?
Foi difícil me acostumar no início, me sentia deslocada por não lembrar de nada e ser surda não facilitou em nada. Fiz acompanhamento médico até receber alta, Aris explicou que eu trabalhava para aquele lugar antes do acidente, e que perdi as memórias e a audição por causa disso e consequentemente o ferimento na barriga também.
C.R.U.E.L. era o nome do lugar, uma espécie de instalação que pesquisava a cura de um vírus muito agressivo. Por conta do meu recém ferimento fui designada para ajudar na enfermaria e laboratórios, deixando de atuar na segurança, que de acordo com ele, era onde eu ficava.
Fui apresentada a algumas pessoas, alguns tentavam ser gentis enquanto outras me tratavam com indiferença, uma delas era Teresa, se podiar ficar contra mim em qualquer situação era o que ela fazia.-Vai se acostumar com o tempo- fiz leitura labial de Aris enquanto colocávamos comida na bandeja, odiava essa parte do dia, o refeitório, ja faziam 7 meses que eu estava naquele inverno- Você vai ficar bem, né? Preciso ir- concordo com a cabeça e ele vai se sentar em uma mesa com Teresa e algumas outras pessoas, eu não era bem vinda lá. Apenas Aris me tratava bem naquele lugar, até mesmo Mary, um menina um pouco mais nova que eu, me tratava mal, Teresa a considerava seu braço direito em relação a ficar de olho em tudo que eu fazia.
Pego minha bandeja e sento em uma mesa afastada, sozinha. Como o mais rápido que posso para que aquele desconforto passe rápido, mas sou interrompida com alguém batendo a mão na mesa, não é como se eu pudesse ouvir porém sinto a vibração causada no móvel.
Levanto um pouco o rosto e vejo uma garota, cabelos medios, não muito curtos, escuros tanto quanto seus olhos opacos, a falta de brilho neles me causa um arrepio, são olhos de alguém que já sofreu o bastante, era Mary.
VOCÊ ESTÁ LENDO
i like the way you look at me -minho_ maze runner
Roman d'amourJules foi a primeira garota a chegar na clareira, porém não foi sozinha, em um determinado momento se viu em um "quarto" escuro que parecia mais um elevador que não parava de subir, mas o pior não era nem esse fato e sim de que estava acompanhada de...