Voldemort pretendia que o objeto fosse usado por seu seguidor mais leal no caso de suas horcruxes serem destruídas, mas acabou na posse de Hermione.
Isso a enviou de volta a uma época em que ele era muito menos o monstro que ela conheceu. Nada poder...
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2 de junho de 1998
Um mês após a Batalha de Hogwarts...
Hermione estava sentada em seu quarto, olhando as fotos de seus pais na parede. Um mês se passou desde a Batalha de Hogwarts, e ela ainda hesitava em procurar seus pais e restaurar suas memórias. Ela sabia que já era hora de trazê-los de volta para a Grã-Bretanha, mas ainda sentia que precisava de tempo para se reajustar.
Ainda não parecia real. Voldemort estava morto.
Todas as noites ela acordava suando, lutando contra pesadelos. Ela viu seus rostos. Dolohov. Bellatriz. Greyback. Ela sentiu Nagini a perseguindo, ela podia ouvir suas escamas se arrastando pelo chão, sua circunferência pesada era uma imensa corda de músculos que poderia transformar seus ossos em pó.
Fred. Remo. Tonks. Lavander. Tudo se foi. Eles estiveram tão permanentemente desconectados deste mundo em tão pouco tempo, que foi surreal. Sua cabeça girou.
Isso era TEPT? Talvez ela devesse consultar um curador mental. A Sra. Weasley havia recomendado isso.
Hermione viveu em um silêncio ensurdecedor desde a batalha.
Ela estava sendo assombrada. Não pelos mortos, mas pelo fantasma de Voldemort. De alguma forma, a voz que penetrou tão habilmente em sua mente enquanto ela usava o medalhão horcrux todos aqueles meses, nunca a abandonou.
A magia negra deixa rastros.
Ele sussurrava para ela à noite, brincando com seus medos, envenenando-a com seus próprios arrependimentos.
Se ela tivesse sido mais sábia, mais inteligente. Se ela tivesse recorrido ao uso de magia negra, talvez pudesse ter protegido melhor seus amigos.
Tantas vidas perdidas.
Ela quase perdeu Harry.
Ela correu rapidamente para o banheiro e esvaziou o conteúdo do estômago no vaso sanitário.
Ela mal estava comendo do jeito que estava.
Não, ela não poderia trazer os pais de volta para casa. Ainda não.
Porque ela ainda não estava convencida de que o mundo era seguro e porque ela não podia deixar que eles a vissem daquele jeito.
Ela precisava se curar primeiro. Eles mereciam voltar para uma filha inteira. Não seria justo fazê-los se arrepender de tê-la enviado para Hogwarts, de tê-la permitido entrar em um mundo tão perigoso.
Eles merecem coisa melhor, sussurrou a voz sinistra.
"Você está morto," ela murmurou para o ar. "Morto. Então vá se foder."
