Capítulo 11

1 0 0
                                    

Na manhã do dia seguinte..

Acordei com um bom humor surpreendente, a única coisa que lembro é de adormecer nos braços da querida dama Evelyn, e infelizmente, acordei fora de seus abraço caloroso e carinhoso.

Sento em minha cama e olho ao redor, as janelas estão abertas e o vento entra em meu quarto, o vento da manhã de uma primavera é uma das melhores sensações que um ser possa sentir. Levanto ainda um pouco sonolenta e esfrego meus olhos com as costas das mãos, mas logo ouço batidas em minha porta, sem demora, digo:

- Entre. - Olho para a porta e vejo a maçaneta mexer levemente, mostrando a figura de meu pai logo assim que a porta se abre.

- Bom dia, minha querida. - Ele diz sorridente e me surpreendo um pouco, papai não acorda sorridente pelas manhãs. - É um belo dia, não é mesmo?

O encaro com uma sobrancelha arqueada, mas papai continua a sorrir.

- Filha? Está tudo bem? - Ele se aproxima um pouco, parando a poucos centímetros de mim.

- Eu que pergunto, meu pai, está tudo bem? Estou surpresa por vir me ver em meu quarto. - Ele mantém o sorriso.

- Algum problema? Queria vir acordar minha filha com uma boa recepção hoje, olhe como está lindo lá fora. - Ele vai em direção a janela. - As folhas das árvores estão esplêndidas. - Deixo minha cisma de lado e me aproximo.

- Estão mesmo, tenho que concordar. - Ele me olha. - Bom dia, papai. - Sorrio e sinto sua mão quente tocar em meu rosto.

Não vou me questionar agora sobre a felicidade de papai, devo ficar feliz, nem lembro a última vez que ele veio me acordar.

- Dama Evelyn e eu estávamos tendo uma conversa. - O olho rapidamente, vendo que seu sorriso não é mais existente e sua expressão voltara a ser séria, mas espero atentamente as próximas palavras de meu pai, foi por isso que veio me acordar hoje.. - Ela me disse que as senhoritas tiveram uma conversa ontem a noite. - Ele faz uma pequena pausa nas palavras e respira fundo ao voltar a falar. - Se sente mesmo tão presa?

Um receio de falar me vem, é um pouco estranho saber que papai sabe dos sentimentos que não demonstro, nós não se abrimos um para o outro, só demonstramos os sentimentos que queremos, não os que precisamos.

- Sim. - Respondo rápido, parando de observa-lo.

- ...Sinto muito. - Ouço os sentimentos suaves de papai. - Eu nunca quis que se sentisse assim, queria que se sentisse bem e protegida, mas acho que exagerei.

- Tudo bem, eu lhe entendo.. também queria dizer que sinto muito, antes eu não sabia que era apenas para o meu bem.

Um silêncio toma conta do ambiente e ficamos apenas olhando para a linda paisagem da floresta.

- Vá se arrumar, dama Evelyn está lhe esperando para o passeio. - O olho rápido novamente e logo ele me olha também. - Se divirta, querida.

- Está falando sério? Eu poderei sair? - Meu coração batia em compassos rápidos, estou a ponto de explodir de tanta alegria que sinto em meu peito.

- Apesar de não gostar dessa ideia, eu lhe permito sair, mas será acompanhada por meus guardas, e terá um simples acordo.

- Acordo? Por que? - Digo confusa.

- É uma troca justa, minha querida, estou realizando seus desejos e você irá realizar os meus.

- Hun, então diga, tenho que me apressar. - Digo cruzando os braços e fazendo uma cara séria, mas meu coração ainda bate forte com a emoção.

Em um reino distante..Onde histórias criam vida. Descubra agora