Capítulo 10

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— Não, me solta! — Grito, olhando nos olhos dele, o medo pulsando em cada palavra

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— Não, me solta! — Grito, olhando nos olhos dele, o medo pulsando em cada palavra.

— Vamos, venha... Faça ser fácil, querida. — Ele tenta soar calmo, mas eu não acredito.

— Saia de perto de mim. — Minhas palavras saem em um sussurro trêmulo enquanto passo as mãos pelo rosto, tentando desesperadamente limpar os restos de Luigi de mim.

— Não, amor... Não chore, por favor! Eles fizeram mal a você, merecem ser punidos. — Ele tenta me convencer, mas tudo que sinto é pânico crescendo.

Quando eu ia responder, um tiro ecoa pelo lugar, me fazendo pular de susto. Antes que eu possa reagir, ele aproveita a minha distração e me coloca nos ombros como se eu fosse um saco de batatas, a indignidade do momento só aumentando meu desespero.

— Ei, me larga! — Me debato, mas é inútil.

— Quer mesmo ficar aqui dentro e ser morta? — Ele pergunta, já se preparando para correr, e o medo em mim só aumenta.

— Não faça o que está pensando! PARA! — Grito com todas as forças, mas ele não me escuta.

Ele começa a correr pelo gramado enorme em frente à mansão, e eu só posso rezar para que isso acabe logo.

— Por favor, me solta. — Minha voz sai tremida, mal reconheço o som de tanto medo que sinto.

— Tudo vai melhorar, querida. Eu te prometo. — Ele diz ainda correndo, como se uma promessa vazia fosse me tranquilizar.

Meu coração quase para quando vejo corpos perto do portão da casa. Não sei se minha visão está distorcida por estar de cabeça para baixo, mas tenho certeza que são cadáveres. Meu estômago revira e lágrimas começam a descer descontroladas.

Quando finalmente ele me coloca no chão, minhas pernas tremem, e ele segura meus braços como se eu fosse fugir.

— Amor, eu sei como você se sente agora, mas por favor, confie em mim, só quero isso de você. — Ele fala, os olhos fixos nos meus. — Eu fico muda, incapaz de responder, apenas o encaro, o medo apertando meu peito. — Por favor, eu não gosto de te ver chorar. — Ele limpa minhas lágrimas, mas isso só me deixa mais apavorada. — Sua felicidade é o motivo da minha, então por favor, confie em mim!? — Ele implora, como se fosse algo simples.

Eu não tenho escolha. Se eu não for com ele, o que eu vou fazer? Estamos no meio do nada, com uma carnificina acontecendo na mansão atrás de nós, e eu estou sem celular, sem saída.

Olho para baixo, as lágrimas ainda escorrendo, e ele pega minha mão, dando um beijo suave antes de acariciá-la. — Venha comigo? — Ele pergunta, como se eu tivesse realmente uma escolha.

Eu aceno com a cabeça, ainda tentando decidir se é mais seguro seguir com ele ou tentar fugir. Ele limpa mais uma vez minhas lágrimas, ajeitando os fios de cabelo que caíam sobre o meu olho com uma gentileza.

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