Capítulo 30

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Estávamos devidamente vestidos agora

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Estávamos devidamente vestidos agora. Ele estava com a roupa que havia chegado, e eu, com minha roupa ensanguentada e meu rosto como um brinde. Sinceramente, não estava me incomodando tanto, exceto pelo fato de sentir meu corpo grudando, enquanto a ardência em meu rosto aumentava à medida que Ryder tentava limpar a ferida, que também estava sangrando. O que parecia ser um esforço em vão; quanto mais ele limpava, mais sangue jorrava, como se o ferimento quisesse se recusar a parar.

O quarto de mamãe estava um pouco escuro, exatamente como no dia em que ela morreu aqui. Tudo estava igual, até mesmo seu sangue parecia se misturar ao meu, criando uma conexão entre nós. Na cama, onde provavelmente nossos sangues se fundiram.

Ryder, ao meu lado, tinha sangue na bochecha; era o resultado do meu próprio ferimento, que havia se transferido para ele quando me beijou. A cena era surreal. O ambiente estava impregnado de uma excitação que passamos, mas havia também uma estranha sensação de união da nossa nova loucura.

— Deixa. — Pego em sua mão. — Não vai parar de sangrar mesmo.

— Vai sim, é só eu fazer... — Ele tenta insistir, mas o interrompo.

— Não precisa não. — Falo com um sorriso cansado, querendo apenas me deitar e ter uma noite de sono.

— Tá. — Ele suspira e se levanta. — Como eu havia falado para você... A nossa brincadeira ainda não acabou.

Eu apoio os braços na cama, olhando-o confusa, tentando entender o que ele queria dizer.
— O que falta?

Ele me lança um sorrisinho, aquele mesmo sorriso que fez enquanto me fodia. Eu me arrepiei inteira só de lembrar. Nem acreditava que havia finalmente cedido. Boas lembranças de minutos atrás

Vejo-o se agachar para a mala que havia aberto e fechado há algum tempo, quando guardou os itens que usou comigo. Ele puxa o zíper novamente, desta vez me dando a chance de espiar o que está lá dentro. Além dos objetos, duas garrafas imensas se destacam, cheias de um líquido transparente com um toque de amarelo. Ao lado delas, um isqueiro, brilhando sob a luz da lua. O que ele planeja fazer com tudo isso?

— O que é isso? — Pergunto com uma cara engraçada.

— Gasolina. — Ele retorna os olhos para mim sorrindo esquisito.

A minha cabeça da uma viradinha tentando compreender aonde ele queria chegar com aquilo.

— Não, não, não. — Falo repetidas vezes. — Eu não vou fazer isso. — Faço um sinal de negativo com a cabeça, tentando me convencer.

— Ah, você vai sim. — Ele diz, pegando as duas garrafas que mais parecem galões, uma em cada braço. — Tem 20 litros em cada; você fica com um e eu com o outro. — Ele se levanta com elas, determinado.

— É muito perigoso... Não sei se quero. — A dúvida me consome.

— Tudo o que fizer daqui para frente será perigoso. Não tenha medo. — Ele me entrega um dos galões pesados, seu olhar firme e confiante.

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