Capítulo 21

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Ele viu

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Ele viu.

Eu já o tinha irritado duas vezes hoje, e a ideia do que poderia acontecer se eu não fizesse o que o moreno havia pedido me causava um frio na espinha. Nos últimos tempos, eu tinha quase esquecido quem ele realmente era. Esqueci que aquele homem era um psicopata, alguém que torturava e matava sem hesitação. Comecei a tratá-lo como se fosse normal, um erro terrível. Mas agora, a realidade me atingia de novo: eu precisava obedecê-lo ou enfrentaria as consequências.

Eu estava ali, parada, olhando para as meninas, perdida em meus pensamentos. Sabia que teria que obedecer, mas por algum motivo meu corpo não se movia. Minha mente parecia congelada, sem saber como reagir.

— Oi? — A voz de Ellie me trouxe de volta. — Tá tudo bem?

Eu pisquei, confusa, e as duas me encaravam, esperando uma resposta.

— Ah... — murmurei. — Sim, eu só... acho que vou pra casa.

— O quê? Não, não! — Evie reagiu rápido, me puxando pelo braço e me fazendo sentar no sofá. — Você disse que ia dormir aqui.

— Não tô me sentindo muito bem, é melhor eu ir mesmo. — Tentei me levantar de novo, mas dessa vez Ellie me segurou.

— Fica, por favor. — Ela pediu, a voz baixa, quase tímida.

— Bea! — Evie me chamou, sua expressão mostrando o quanto estava chateada. — Faz tanto tempo que a gente não faz uma noite das garotas. Por favor. — Ela fez um biquinho, tentando me convencer.

— A gente pode fazer outro dia... — Respondi, já desesperada para sair dali.

— Poxa, Bea... — Ellie me olhou com uma tristeza que quase me fez ceder.

— Por que você decidiu isso tão de repente? — Evie perguntou, alisando a própria perna, visivelmente desconfiada.

— Vem na cozinha comigo? — Ellie sugeriu. — Te ajudo a beber água, quem sabe você não melhora?

— Não precisa... — Olhei para o relógio, o tempo estava correndo, e sabia que não podia demorar mais.

— Eu insisto. — Ellie não desistia, e o desespero crescia dentro de mim.

— Tá bom... — Aceitei com hesitação, planejando beber a água e sair correndo logo depois.

Ela envolveu o braço em meu ombro, me guiando até a cozinha.

— Tá tudo bem mesmo? — Perguntou com suavidade.

— Tô sim... — Respondi, seca, tentando cortar a conversa.

— Não parece. — Ela se soltou de mim, indo em direção à geladeira. — Me desculpa, mas não parece.

— Eu prometo que estou. — Sentei na cadeira da bancada, impaciente.

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