DARK ROMANCE (Stalker) +18 ||
Beatrice Greedy achou que mudar de cidade fosse suficiente para deixar seu passado sombrio para trás. Mas, com o Halloween chegando, novos pesadelos começam a rondá-la. No dia do seu aniversário, ela recebe um presente...
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(Talvez pesado)
"Corra." A palavra ecoou em minha mente como um grito desesperado de alerta. Era a última coisa que escutei naquele quarto sufocante antes de obedecer."
Com a porta aberta, uma onda de possibilidades se espalha. "Faça isso! Vá em frente!", elas sussurram e gritam, um coro que reverbera em minha mente.
Levanto-me da cama com cautela, o coração acelerado. O medo do rosto distorcido que ainda parece me encarar na cama é grande, mas assim que meus pés tocam o chão frio e bagunçado, uma eletricidade percorre meu corpo. Uma agitação toma conta de mim.
Quando me posiciono diante de Ryder, sinto uma onda de raiva pulsar através de mim. Sem pensar duas vezes, empurro-o com desprezo e sigo em frente, ignorando seu olhar confuso. As vozes não me deixam em paz: "Corra! Corra! Corra! Corra!" Elas gritam incessantemente, cada palavra um golpe sonoro que ecoa em minha mente.
Tampo os ouvidos com as mãos, como se isso pudesse silenciar o tumulto dentro de mim. A pressão aumenta; é como se as paredes da casa estivessem se fechando ao meu redor, empurrando-me para fora. Então, sem mais hesitação, começo a correr.
Sinto o chão sob meus pés; nunca havia sido tão rápida em minha vida. A adrenalina flui nas minhas veias como um veneno doce. Cada passo é uma explosão de sensações: o vento frio contra meu rosto, o cheiro de madeira misturado à poeira no ar e o eco das minhas próprias respirações ofegantes.
Percebo Ryder correndo atrás de mim, sua presença um lembrete da realidade que eu tento escapar. As vozes continuam a gritar no meu ouvido, intensificando-se a cada instante: "Mais rápido! Não pare!" Elas parecem se entrelaçar com os sons da casa, o rangido das portas, o sussurro das sombras, criando uma sinfonia caótica.
Sinto as paredes pulsarem ao meu redor, como se estivessem conscientes do meu desespero. Cada objeto à minha volta ganha formas distorcidas. É como se eu estivesse presa em um pesadelo lúcido onde a única saída é seguir as ordens das vozes.
A pressão cresce dentro de mim; é uma força que não posso ignorar. E assim continuo a correr pela casa, obedeço às vozes que clamam por liberdade enquanto a realidade se dissolve em meio ao caos das minhas percepções distorcidas.
Passo pela porta de entrada ainda correndo, mas logo sinto dois seguranças me segurarem, um em cada braço.
— Solte-a! — Ryder ordena assim que chegou. — Pode deixa-la ir fazer o que quer. — Ele sorri esquisito.
Sinto os homens me soltarem e uma força me empurrar em direção a garagem. Obedecendo a força que me empurrou, corro para a garagem com desespero e encontro uma das motos que Ryder tinha.
Subo em uma delas achando a sua chave perto dela mesma, a ligo e saio disparada daquela casa com a moto dele.
Era noite do sétimo dia quando Ryder decidiu que seria uma boa ideia me libertar daquele quarto. Sete dias presa; sete dias sem contato humano.
