seven.

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Narrado por Will Byers !!

Acordei um pouco antes do meu despertador tocar. Acho que é a ansiedade.

Levantei da minha cama que estava quentinha (que vou sentir saudade por 6 horas seguidas) e me dirigi até o banheiro, para fazer minha higiene pessoal.

Como eu já disse, acabei levantando um pouco mais cedo, então só havia eu acordado naquela hora. Minha mãe iria levantar no mesmo horário que eu, meu pai só de tarde e, Jonathan está com Nancy.

Resolvi me virar.

Desci na cozinha para preparar meu café da manhã. Eu não faço a mínima ideia de como que liga o fogão e muito menos de como fazer um ovo mexido, então só vou comer um pão com manteiga mesmo.

Quando eu estava terminando, vejo minha mãe descendo as escadas.

— Bom dia, Willy... — Sua voz estava rouca. — Acordou muito cedo... Por quê?

— Ah... Não sei, mãe. — Arrumei a cadeira. — Estou subindo para escovar meus dentes, ok?

— Tudo bem.

Dito e feito. Escovei meus dentes e voltei para a sala.

— Você vai ir com o Mike, né?

— Vou sim. Daqui a pouco eu já vou sair. Essa hora ele deve estar dormindo ainda, do jeito que ele é. — Minha mãe riu.

— Filho. — Chama. — Você sabe que tem a mim e Mike para conversar, né? E também, se acontecer alguma coisa, pede pra me ligar. Tudo bem, meu amor? — Me deu um abraço e soltou um suspiro profundo.

Sabe, eu nunca me dei muito bem com as outras crianças. Sempre sofri bullying em todas as escolas que eu já estudei, na qual foram muitas. Mas, depois que eu conheci Mike, minha vida nunca mais foi a mesma. Ele sempre me defende, nunca me deixa sozinho e, além de tudo, é meu melhor amigo. Mamãe nunca deixou de se importar comigo, mas depois de Michael, ela se sentiu mais segura em relação aos ataques que eu costumava a sofrer. Minha família toda ama esse garoto.

— T-tudo b-bem... Mãe. — Tentava achar um jeito de respirar no abraço da mais velha, que cada vez ficava mais apertado. — M-mã-mãe! Ac-acho que j-ja d-deu, né?

— Ops... Desculpa filho!

Rimos.

— Eu acho que eu já vou indo, mãe.

— Tá bom. Cuidado, tá? Sem...

— "Brincadeiras na estrada" — Completei. — Eu sei. Te amo.

— Hum. — Me deu um beijinho no topo da cabeça. — Também te amo.

Sorri amarelo e saí de casa.

Peguei minha bicicleta e fui até a casa de Mike.

Chegando lá, o garoto supreendentemente estava na porta, segurando sua bicicleta. Ok, confesso que aquilo me assustou um pouco.

— Bom dia, Wills! — Apelido novo?

— Primeiro, o que você tá fazendo aqui? Segundo, "Wills"?

— Ué, tô te esperando, oras. — Respondeu como se fosse óbvio. — Ah, Wills é um apelido que eu inventei enquanto você demorava pra vir.

— Ah é né, eu que sempre demoro pra vir? Vamos fingir que ano passado você não demorou QUINZE MINUTOS pra levantar e eu não fiquei aqui mofando.

— Para de lembrar do meu passado obscuro! Vai, vamos logo, antes que a gente se atrase.

Ri e afirmei com a cabeça. Subimos em nossas bikes e fomos até a escola.

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