Amor em tons de cinza [Dark Romance 🔞]

𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐 - 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐄 𝟔 🔞

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𝕸𝖆𝖝𝖎𝖒𝖊 ..... 🔥💲

𝗗𝗶𝗮𝘀 𝗮𝘁𝘂𝗮𝗶𝘀
𝗗𝗶𝗮 2

Sua expressão de mágoa e medo está estampada no rosto dela, e isso me atinge como uma bala. Eu não sei como chegamos aqui, nem por que diabos ela me afeta tanto. Sophie é só mais uma pessoa na minha vida — ou pelo menos deveria ser. Mas algo nela me desarma de um jeito que ninguém nunca conseguiu. Isso não pode acontecer. Eu não posso baixar a guarda, porque se eu fizer isso, eles vão me matar. Vão me destruir. E, pior, vão destruí-la também.

Dirijo em direção ao galpão,com o silêncio no carro me sufocando. Minhas mãos estão tensas no volante, com os nós dos dedos brancos de tanto apertar.

— Me desculpa. — Sussurro. Não costumo pedir desculpas, não sei como fazer isso. E, para ser honesto, acho que nunca vou aprender.

Ela não se vira para mim. Nem por um segundo. Seu olhar está fixo na janela, como se eu nem estivesse aqui.

— É, você sabe que isso não muda nada, não sabe? Depois que tudo isso acabar, eu quero ir embora. Quero sair dessa vida e nunca mais olhar para você — ela diz, com uma sinceridade que me desarma.

— Eu acho justo. — Minhas palavras saem firmes, mas há algo a mais nelas. — Não quero que me perdoe. Não espero isso. Só quero que seja diferente de mim, Sophie. Mesmo que isso não justifique o que eu fiz. Se ele tivesse me matado, você estaria nas mãos do Constantine agora. E tenho certeza de que você não queria isso.

Desvio os olhos do volante por um momento, tentando encontrar os dela, mas Sophie ainda olha para fora, os ombros tensos, os lábios pressionados.

— Como você consegue ser tão frio? — ela finalmente pergunta  — Usar e abusar das pessoas para ter tudo isso? Carro caro, dinheiro, luxo? Como você consegue ser a porra de um mafioso, Max? — ela se vira para mim agora, seus olhos queimando de raiva. — E pior... Como você pôde matar o Alex? Ele estava de costas! Ele não teve chance, Max! Você tirou tudo dele. Você destruiu tudo que ele tinha!

— Sophie, eu não tinha escolha. — Paro o carro abruptamente.

Eu me viro para ela e, antes que ela possa reagir, puxo-a para um abraço. Não é algo que faço por conforto, é porque não sei mais o que fazer. Não sei como consertar isso.

— Me solta! — ela grita, suas mãos começam a bater no meu peito, socos pequenos e desesperados, mas cada um deles pesa como uma tonelada. — Eu te odeio, Max! Eu realmente te odeio! — Ela continua batendo, com os soluços começando a escapar, mas eu não a solto. Seguro-a firme, absorvendo cada golpe, cada palavra como uma punição que eu sei que mereço.

— Eu sei que você me odeia — sussurro — E você tem todo o direito. Mas preciso que confie em mim agora, só por um momento.

— Preciso que acredite que estou fazendo isso por você. Mesmo que me odeie por isso.

— Apenas me tire dessa vida, Max. E depois... nunca mais quero te ver. —  ela se afasta um pouco, mas não muito. Seus punhos finalmente param de me atingir, mas suas mãos ainda estão contra o meu peito, tremendo.