Eu despertei aos poucos, como se estivesse emergindo de um sonho profundo e confuso. A primeira coisa que senti foi o peso da fraqueza, como se meus músculos tivessem sido drenados de toda a energia. Havia uma dor latente em cada parte do meu corpo, mas principalmente no peito, onde a bala de Constantine me atingiu. Era uma dor surda, uma lembrança constante de que eu estava vivo, mas à beira do colapso - Maxime.• SOPHIE 💅🏻•
QUEBRA DE TEMPO
☀️ ON
Passei os três dias seguintes ao lado de Max, segurando sua mão e observando-o lutar pela vida. Ele estava inconsciente, os olhos sempre fechados, e a cada segundo eu temia que ele nunca mais os abrisse. Uma equipe médica estava sempre presente, médicos de confiança da família, pessoas que sabiam exatamente o que fazer para garantir que ele se recuperasse sem precisar ir ao hospital. Eu odiava vê-lo assim, conectado a tubos, tomando suplementos pela veia, enquanto seu corpo lutava para se curar.Eu passei horas me perguntando o que teria acontecido se as coisas tivessem terminado de maneira diferente naquela sala. Se Max não tivesse me protegido, se Constantine tivesse sido mais rápido, se Maya não tivesse hesitado... Era uma lista interminável de "se". Cada possibilidade me fazia sentir como se estivesse à beira de um precipício, prestes a cair em um abismo de culpa e arrependimento.
Mas, acima de tudo, o que me atormentava era o olhar de Max antes de desmaiar. Ele estava em dor, claro, mas também havia algo mais. Havia amor, sim, mas também uma preocupação que me fez prometer a mim mesma que nunca mais o colocaria em tal situação. Eu tinha que ser mais forte, mais preparada, porque a vida ao lado de Max não seria fácil. E se eu quisesse estar ao lado dele, teria que aprender a enfrentar qualquer coisa.
Durante esses três dias, não dormi. Não podia. Cada vez que fechava os olhos, revivia a cena daquele tiroteio. A maneira como as balas cruzavam o ar, como o corpo de Max caiu no chão... Não era um pesadelo do qual eu pudesse acordar, era a realidade. E essa realidade me mantinha acordada, dia e noite.
Os outros estavam sempre por perto, mas o clima era de tensão. Havia uma quietude perturbadora na casa, como se todos estivessem esperando algo. Juliette e Camille mal falavam, mas eu sabia que estavam lutando contra os próprios demônios. Olivier, Lucas e Pierre estavam mais vigilantes do que nunca, como se a qualquer momento outro ataque pudesse acontecer. E Elise... Elise parecia mais distante, perdida em seus próprios pensamentos, enquanto Mary sempre vinha ao quarto para saber como tudo estava indo.
E então, finalmente, no terceiro dia, Max começou a dar sinais de que estava voltando para mim. Primeiro, um movimento quase imperceptível dos dedos. Depois, uma leve contração dos músculos faciais, como se estivesse tentando se libertar do sono profundo em que estava preso. E então, finalmente, seus olhos se abriram, encontrando os meus.
Eu não consegui segurar as lágrimas. Ele estava de volta. Eu me inclinei sobre ele, beijando sua testa, seu rosto, sua boca, e sussurrei seu nome, como se o simples fato de pronunciar aquelas sílabas pudesse afastar qualquer escuridão que ainda estivesse ao seu redor.
— Sophie... — Ele murmurou, sua voz estava rouca e fraca.
— Estou aqui, Max. Estou aqui. — Eu respondi, tentando controlar o choro.
Ele tentou sorrir, mas a dor o impediu. Mesmo assim, ele apertou minha mão, com a mesma força e determinação que sempre teve.
— Nunca mais me assuste assim, entendeu? — Eu disse, tentando soar firme,
mas falhando miseravelmente.
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Amor em tons de cinza [Dark Romance 🔞]
RomanceDark romance 🔞 Max se vê diante de uma enrascada desde o momento em que conhece Sophie. Ela não é apenas uma modelo bonita; ela é alguém que consegue penetrar através de todas as suas defesas, expondo seus demônios internos de uma maneira que nenhu...