Amor em tons de cinza [Dark Romance 🔞]

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Se você está lendo este capítulo agora e notou algo diferente, é isso mesmo — eu fiz algumas alterações!

• ＭＡＸＩＭＥ 🔥 •

Nossos dias foram assim, uma teia de planos e mais planos, cada um mais tortuoso que o anterior. A irritação queimava em meu peito como uma brasa incandescente,eu não queria que esse fosse o plano. Que tipo de pai abandona a própria filha na boca do lobo, sabendo que ele é parte de uma máfia tão perigosa quanto a que eu pertenço? Porque eu me importava com isso? Maya estava lá fora, rindo com as garotas, mas sempre lançando olhares que transbordavam desprezo em minha direção. E Juliette, ah, Juliette... sempre pronta para me lembrar de que estava me tornando alguém fraco.

Talvez eu estivesse mesmo enfraquecendo, mas pela primeira vez na vida, sentia algo humano pulsar dentro de mim. Sophie era a responsável por essa revolução interna, seu toque e seu sorriso eram como uma luz em meio à escuridão em que eu vivia. Eu sabia que nunca seria o homem perfeito para ela, talvez fosse melhor que ela buscasse outros horizontes e fugisse desse inferno. Mas a verdade era que eu queria ser egoísta. Queria gritar para o mundo que ela tinha que ser minha e de mais ninguém.

Sophie não percebe, mas cada plano que ela sugere, cada olhar determinado que lança em minha direção, intensifica a conexão entre nós. É tipo uma batalha interna constante: meu instinto de proteger tudo o que eu amo contra o desejo avassalador de mantê-la ao meu lado. Ela me vê como um monstro — e talvez eu seja mesmo — mas ela não sabe que é a única coisa capaz de manter a humanidade viva dentro de mim.

— Max, precisamos revisar o plano mais uma vez — Sophie insistiu, me trazendo de volta à realidade.

— Já revisamos isso mil vezes, Sophie. E minha opinião sempre será a mesma: não quero que você faça isso — respondi, inquieto.

Queria poder prometer a ela que tudo ficaria bem, que eu a protegeria a qualquer custo. Mas a verdade era brutal: estávamos jogando um jogo mortal onde qualquer passo em falso poderia ser fatal.

— Max, eu sei que você se preocupa. Mas eu também me preocupo com Maya muito mais do que gostaria de admitir. Eu sei que ela não gosta de você, e não somos melhores amigas — sua voz tremia levemente — mas dá pra entender, certo? E agora que percebo que não temos um futuro sólido juntos...bom, mas isso não importa. O importante é fazermos isso funcionar — ela disse, cerrando os punhos.

— Sobre nós... — comecei a dizer, mas fui interrompido por sua frustração.

— Não! É melhor não começarmos essa conversa agora. Eu pensei muito sobre isso, tentei demais. Você prometeu uma resposta quando voltasse da viagem e nem sequer deu sinal dela — sua voz estava carregada de dor enquanto desviava o olhar.

— Sophie, as coisas estão corridas ultimamente — tentei justificar mantendo meu olhar fixo no dela.

— Sim, eu sei disso! Mas era apenas um simples sim ou não! Você nem sequer... talvez nem tenha pensado sobre isso — seu tom era cortante enquanto mantinha sua posição firme.

— Sophie — eu disse, agora me aproximando dela com cautela.

— Melhor não, Max — ela retrucou.

Caminhei até ela e segurei sua mão... O toque dela era quente e vibrante, um contraste gritante com o frio da vida que levava. Uma batalha interna se formava novamente: deixá-la ir ou arriscar tudo para mantê-la perto? A escolha era cruel a vida na qual eu estava preso.