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• SOPHIE 🌼 •

Olho em volta, e já está ficando tarde. A ideia de tomar um banho e tentar relaxar antes do que está por vir parece uma boa. Olho para as meninas e respiro fundo.

— Acho que é melhor a gente se arrumar logo, não? — sugiro, tentando soar mais animada do que realmente estou.

Juliette se estica no sofá, soltando um suspiro preguiçoso.

— Não acredito que já passou o dia... parece que eu pisquei e pronto — ela comenta, rindo enquanto se levanta.

Elise se junta a nós, pegando uma toalha que estava jogada em cima da poltrona.

— Vocês acham que o Max vai conseguir aguentar até as 19h? — ela pergunta, arqueando a sobrancelha com aquele típico sorriso de quem adora provocar.

Dou de ombros, sem conseguir esconder um pequeno sorriso.

— Se ele não aguentar, vai ter que aguentar, né? Não temos outra opção — respondo, tentando deixar a tensão de lado por um instante.

Camille aparece na sala, secando as mãos com uma toalha de cozinha.

— E vocês acham que o Olivier vai parar de bufar a cada cinco minutos? Porque eu não sei se aguento mais esse drama dele — ela brinca, arrancando risadas de todo mundo.

— O Olivier é uma novela à parte — Juliette concorda, revirando os olhos com um sorriso. — Mas, falando sério, precisamos mesmo nos preparar. Alguém quer ir primeiro?

— Eu vou logo, antes que desista de me mexer — Elise diz, já saindo em direção ao banheiro.

Fico ali parada por um segundo, pensando em tudo o que está por vir. Tento afastar a ansiedade, mas ela ainda está ali, sempre à espreita. De repente, Camille me dá um leve empurrão.

— Vai, Sophie, você também precisa de um banho relaxante — ela diz, piscando pra mim.

Dou uma risada fraca e sigo para o quarto. Não vai adiantar ficar fugindo dos pensamentos, mas talvez um banho quente ajude a acalmar pelo menos por um tempinho.

Entro no quarto e a primeira coisa que faço é ir direto para o banheiro. Preciso de um tempo sozinha, longe de toda essa confusão. Assim que a água quente começa a escorrer pelo meu corpo, sinto um alívio imediato, mas minha mente não para. Tudo ao meu redor parece girar, mas ao mesmo tempo, estou presa em um ponto específico: o bebê.

Fico ali, debaixo do chuveiro, perdida nos meus pensamentos. O som da água caindo é o único barulho que preenche o silêncio ao meu redor. Eu tento processar tudo o que está acontecendo, mas é como se meu cérebro se recusasse a organizar as coisas. Max, o bebê, o quarto vermelho... o futuro, que parece cada vez mais incerto.

"Será que vou conseguir lidar com tudo isso?", penso enquanto me apoio na parede do chuveiro. Meus dedos começam a ficar enrugados pela água, mas eu nem percebo o tempo passar. Fico ali por uns trinta minutos, completamente alheia a qualquer noção de tempo ou espaço, apenas sentindo a água correr e tentando encontrar alguma clareza em meio ao caos.

Só saio desse transe quando percebo que minhas mãos estão completamente enrugadas e a água começa a esfriar. Solto um suspiro longo, desligo o chuveiro e saio, tentando sacudir o peso dos pensamentos que ainda parecem me prender.

Ao me enrolar na toalha, dou uma olhada no espelho passando levemente a mão sobre a minha barriga. Meu reflexo me encara de volta, e eu quase não reconheço quem sou agora. Tanta coisa mudou... Me visto rapidamente com roupas íntimas vermelhas e um vestido florido e saio do banheiro, tentando, mais uma vez, me concentrar no presente.

Amor em tons de cinza [Dark Romance 🔞]Onde histórias criam vida. Descubra agora