Abro as portas do salão principal, pronta para enfrentar o maior inimigo de todos, aquele que não pode ser nomedo, o desgracado que quer tornar o meu filho um rei cruel.

Avisto de longe a imagem de Voldemort torturando Mattheo, no corredor, ele não aguentaria mais tempo ali, precisava interferir, ou Mattheo acabaria morrendo nas mãos do próprio pai.

- Chega! - grito ao chamar a atenção de Voldemort. - Ele é seu.

Caminho até eles, onde paro entre os dois, ouvindo a respiração fraca de Mattheo em minhas costas.

- Ótimo, podemos continuar nosso acordo, meu filho. - sua cara de desdém me dava ódio. - apaixonar, casar, herdar, fecundar e por último matar, espero não estar esquecendo de nada.

- Não vou fazer isso. - A voz de Mattheo ecoa.

- Vamos lá Mattheo, seu legado é mais importante que uma paixão.

Mattheo se nega novamente, enfurecendo o pai.

- Crucius! - Voldemort lança o feitiço em mim.

- Para, por favor! - Mattheo se levanta.

- Faça! - a voz autoritária de Voldemort ecoa.

- Já acabou! - sua mão puxa a varinha do pai em direção ao seu peito.

O feitiço antes lançado em mim, se vira contra Mattheo, o torturando enquanto o mesmo tentava convencer o pai.

- Seu plano já acabou! - ele chama a atenção. - Eu não tenho o coração podre a muito tempo, e sabe o que é pior? Você fez isso! Você errou! - suas palavras saem com dificuldade de sua boca.

- Está delirando, meu podre filho.

- Meu coração não é podre desde que ela entrou na minha vida, e adivinha quem a forçou a ficar? Você fez com que ela me cura-se. - sua mão retira uma varinha com dificuldade de seu bolso. - avada kedavra.

Sinto o momento exato em que o feitiço me atinge, meus olhos encaravam os seus com medo, mas os dele estavam calmos. Vejo em um relance o sorriso de Voldemort aparecer antes de meu corpo atingir o chão e meus olhos fecharem completamente.

*Mattheo Riddle*

Por favor, espero que Snape esteja certo sobre a gravidez...

Vejo seu corpo ir contra o chão em uma velocidade impressionante, meu corpo se arrepia inteiro a ver aquela cena, meu peito se aperta e por uma fração de segundos sinto parar.

- Ótimo, meu filho! - sua mão gelada toca meu ombro.

Meus olhos ainda estavam congelados ao corpo dela, permanecendo assim até meu pai se virar de costas para mim, onde caminho até o corpo dela e no momento em que a puxo para mim, sinto uma adaga em sua cintura.

Foi aí que percebi que tinha que acabar com tudo...

Legacies | Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora