Legacies | Mattheo Riddle

27

Corro até alcança-lo com a adaga em minha mão, sem ele ao menos perceber o que acontecia, cravei ela em suas costas na altura do peito, onde certamente atingiu seu coração.

- Prefiro me tornar o rei do seu mundo ao deixar que meu filho se torne o dos outros. - sussurro em seu ouvido antes de me virar de frente para o mesmo, que agora estava de joelhos, com seus últimos suspiros. - a última coisa que verá será meus olhos, tão negros quanto seu coração podre.

Concretizando minhas palavras, seus olhos congelaram focados aos meus, ele nem se quer os fechou antes de para de respirar.

Ver seu corpo atigir o chão me lembra da morte de meu irmão, talvez eu seja o monstro, o rei Black, capaz de matar meu próprio pai e irmão friamente, ou talvez eu era... ela foi capaz de mudar tudo em mim...

Me viro para ela, a puxando para meus braços, deixando lágrimas caírem sobre seu rosto. O silêncio absoluto fez com que todos saíssem do salão principal ao perceberem que tudo acabou.

Meus olhos se levantam, encarando os de Snape, que no momento corre até mim, a tirando de meus braços.

- Vai dar certo. - ele a leva dali, deixando meus braços vazios.

Os olhares impressionados me encaravam e o corpo daquele que agora pode ser nomeado era arrastado pelos corredores, deixando o rastro de seu sangue preto pelo caminho.

- Ele te subestimou. - ouço a voz de Draco. - ele não deixou que nenhum de seus seguidores interferissem, disse que o conhecia como a palma de sua mão, mas parece que estava errado.

- Ele me criou só para esse dia... é patético pensar que eu estava vivendo apenas para satisfazer seus planos, assim como Tom para ser seu plano B.

- E agora? Quem você é? Já que não é mais o plano dele - seus olhos azuis me encaravam com dúvida.

Mas algo desvia minha atenção dele, Snape me encarra no final do corredor sozinho, com um sorriso no rosto, vitorioso, eu diria.

- Eu sou o esposo de Hope Black. - bato sutilmente em suas costas.

Caminhando em direção a sala de poções com Snape, solto um leve riso com a fala sussurrada por ele.

- Ela acordou, e quer te matar por quase ter matado ela.

- Só ela? - meu riso se desfaz com a preocupação.

- Você fez uma escolha difícil, a criança já está morta. - seus olhos encaram o chão.

- Ok...

Meu pai,
Meu irmão,
Meu filho.

Todos mortos por ações minhas, mas eu sacrificaria o mundo por aquela mulher...

Fim.