Estou numa floresta.
Sou uma floresta.
Sou uma árvore.
Cresci sozinha até chegar alguém de sua espécie e me destruir.
Ele me cortou pedaço por pedaço.
Me arruinou até não restar nada de mim.
Agora eu era um banquinho minúsculo.
Para que os mesmos que me destruírem sentassem em mim.
Com o tempo fui crescendo novamente.
Até você chegar.
Fiquei totalmente apavorada e implorei para que não me arruinasse como já fizera.
Você me disse que não era esse tipo de humano.
Que era calmo e só estava ali para apreciar a vista do por do sol através da floresta.
Então você subiu em meus troncos de eu disse para tomar cuidado mas você subiu da mesma forma.
E dessa vez, eu não me machuquei.
Muito pelo contrário, por você me apaixonei.
Você me escalava todos os dias, mas você cada vez ficou mais pesado, não seu corpo, e sim sua mente.
Então você me quebrou.
Sabe o que mais doeu?
É que foi lentamente, graciosamente que você me machucou.
Dia após dia, você pra mim mentia e dizia:
Não deixarei ninguém te destruir novamente estou aqui.
Enquanto isso me abraçava e me consolava.
Mas dessa vez você foi minha ruína.
Quando o galho finalmente se quebrou por completo, você foi embora, eu não servia mas de nada.
No fim era como você disse no começo, "eu vim aqui admirar o por do sol."
Você amava ver a ele e não a mim.
Você me usava para ver através de mim.
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a mente de um poeta
PoetrySão textos que escrevo por puro hobbie mas prendendo fazer deles algo um dia :) (Já peço perdão pelos erros de ortografia)