No meio da floresta.
Faminta.
Sem saída.
Quase sem vida.
Eu estava tão desesperada, praticamente alucinada.
Eu não enxergava nada além de você e de seu fruto.
Nada para mim importava além de você.
Assim que te vi, em meio a folhas secas e árvores mortas, você tinha uma cor...
E que cor!
Naquela cor, eu sentia ao menos um pouco de amor.
Você era tão grande, de fato um gigante.
Mas em você só havia um único fruto.
Eu me senti tão privilegiada de finalmente ter lhe encontrado e você a mim o amor mostrado.
Em meio a túmulos de árvores, você ainda vivia.
Vivia por pouco, mas vivia.
E vivia de uma maneira tão linda!
Dando todos os seus frutos para alimentar meros humanos.
Só que o que você não sabia, é que tu eras uma árvore venenosa.
Mas quando descobriu, não se deixou-se levar e continuou.
Dando frutos, e matando.
Agora você matava com culpa, consciente de seus atos, mas era como um vício, uma nessecidade, sua única preciosidade.
Seus olhos brilhavam ao ver o sangue nas mãos do próximo ao encostar em seus espinhos.
Brilhavam a ver seus corpos com veneno diluindo.
Até um dia eu chegar.
E você decidir parar de matar.
Pois acabará de se apaixonar.
Fui comer de seu alimento e você me parou, mas de qualquer forma eu morreria.
Com ti, ou sem.
Estava pálida e magra, você pergunta "qual o motivo de uma jovem tão bonita aqui estar?" Neste ambiente que pode muito bem te matar?"
E eu já sabia.
Eu sabia que poderia morrer.
Que iria morrer.
Que não iria aguentar e iria a falecer.
"Eu não tinha para onde ir, estou sem lar aqui." Então olhei para ti e sorri. "Mas acho que finalmente um encontrei.
Escalei em seus galhos e fiquei sobre seus espinhos, mas não doía, afinal você era tudo o que eu tinha.
Tempos depois, quando você adormeceu eu não me aguentei, e precisei comer.
Comer de seu fruto.
Assim que comi o fruto eu senti o veneno.
O veneno da sua alma.
Sua alma era podre, com sede de sangue.
Sua alma era o veneno mais mortal que alguém poderia provar.
E bem...
Eu provei.
Assim que expirementei logo gorfei e chorei.
Você parecia tão belo...
Mas a sua alma, era simplesmente tenebrosa não era digna de nenhuma das minhas prosas.
Eu de você pulei e fugi em meio a lágrimas.
Ainda faminta.
Ainda quase sem vida.
Por que você disse ter se apaixonado? Se estiveras apaixonado porque não terias me purificado?
Mas não.
Ao invés disso, eu fui almodissoado.
Anos se passaram.
Achei outra árvore para me abrigar.
Ela não era venenosa.
Mas ela também não era você.
Ninguém nunca seria você.
Sinto falta do seu veneno, da sua alma e de minha garganta ardendo.
E de mim quase morrendo.
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a mente de um poeta
PoetrySão textos que escrevo por puro hobbie mas prendendo fazer deles algo um dia :) (Já peço perdão pelos erros de ortografia)