janela aberta

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Fui sair de casa às pressas e deixei a janela aberta.
Quando cheguei em casa havia chovido e ventando muito estragando todos meus trabalhos e projetos.
Eu comecei a chorar e me desesperar, por que eu não sabia de minhas coisas cuidar.
Fui eu quem deixei a janela aberta.
Mas eu disse ao vento para parar, e com ele começei a brigar.
Como poderia com o vento brigar? Era a natureza dele as coisas bagunçar.
O vento foi feito para dançar e nunca parar.
O vento tem a natureza violenta.
No calor ele te traz paz no inverno desgraça.
Ele derruba árvores e casas, assim destrói famílias, recitando as mais lindas cantigas.
Ele fica entre a lua e o sol sem nada para fazer, enquanto os dois se amam, ele pensa em dançar, e por aí vidros quebrar.
Mas o coitado nunca pensou em matar ele nasceu assim, cresceu assim, vivi assim, e continuará assim.
Ele levou tudo de mim como poderia viver em paz?
Todas as minhas coisas voaram para longe, como os pássaros que eu costumava a ouvir cantar.
Mas como irei culpar o vento pela bagunça?
Fui eu quem deixei a janela aberta.

a mente de um poetaOnde histórias criam vida. Descubra agora