Eu te anseio.
Te anseio para mim.
Seu sorriso que nunca a mim foi concedido, não verdadeiramente.
Aqueles "eu te amo" que você nunca disse.
Eu os anseio.
Quando nossos olhos se encontravam eu sentia.
Eu sentia...
O que eu sentia?
Mas o importante, era que só eu sentia.
Você de mim tinha pena, por saber que nunca me amar conseguiria.
Você me mata aos poucos.
Tenho medo de morte, mas se for para morrer em suas mãos, eu não a temo.
A cada dia, eu a obrigo a comer um pedaço de minha carne.
Já que você a vai tirar, precisa dentro de ti ficar, para me eternizar.
Você se recusa a comer minha carne, então eu a coloco em sua boca, para que ao menos sinta o sabor.
E quando você sente, você o sente, você me sente, sente minha alma dentro daquele pedaço e devora-me e destrói-me a cada mordida.
Você come minha carne em desespero, como um cão faminto, que faz tal coisa por um puro instinto.
Até eu não aguentar mais e nada de minha carne sobrar.
Minha alma diz a ti:
Mate-me, devore-me mas que de algum modo, em ti eu fique.
Você vomita toda a minha carne, o sabor lhe fizera mal.
O que eu não sabia, era que eu estava envenenada.
Não.
Na verdade eu era o veneno.
O veneno que te levara para longe.
Num lugar distante, e inalcançável.
Abraço teu corpo, que já sem alma, não comigo mais fala.
Eu dei valor demais ao teu corpo, e sem querer sua alma foge de mim.
Mas na verdade, sua alma nunca me quis.
Você nunca me quis.
Fui usada como uma mera aprendiz do amor, que na verdade só era dor.
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a mente de um poeta
PoetrySão textos que escrevo por puro hobbie mas prendendo fazer deles algo um dia :) (Já peço perdão pelos erros de ortografia)