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Malia

Ele reagiu a mensagem da menina com um "❤️" e fechou a conversa, aquilo me incomodou e me magoou um pouco mas eu não tenho o direito de surtar com ele então só fiquei quieta, apaguei o post com ele e fiquei conversando diretamente com o pessoal e não com ele. Ríos até tentou puxar assunto algumas vezes mas eu ignorei, sei que eu não tô certa mas eu só não ligo, não agora.

── O after vai ser onde? — Endrick perguntou.

── Palazzo. — Falei e Ríos me encarou.

Combinamos de passar essa última noite juntos com alguma programação de casal já que ele viaja amanhã, mas não vai rolar. Não mais!

── Tô dentro, amor? — Duda olhou seu ficante, que concordou com a cabeça. ── Endrick, Veiga, Gabriel?

── Que dúvida? Claro que sim! — Rapha concordou. ── Você vai, Richard?

── É que eu já tinha planos. — Falou me encarando.

── Duda, vai se arrumar lá em casa? — A encarei, que concordou com a cabeça.

── Ah não, vocês demoram muito. — Joaco resmungou. ── Vamos assim! As duas tão arrumadas já.

── Agora? — Endrick perguntou e encarou seu celular. ── São onze horas! Onze e trinta, na verdade.

── Ah, por mim tudo bem então. — Falei.

Montoya me encarou como se esperasse uma explicação mas eu fiquei quieta, o encarei indiferente em seguida.

── Você vai, Ríos? — Perguntei após o pessoal começar a organizar suas coisas para sair e ele arqueou as sobrancelhas.

── Por que tá fazendo isso? Nós combinamos de ficar juntos!

── Você vai? — Reforcei.

── Por que tá agindo assim? — Reforçou. ── Tá sendo babaca de graca!

Ele me chamou de babaca? Fiquei o encarando pensando em mil ofensas diferentes para deferir a ele mas fiquei quieta por estarmos em público, desviei o olhar e peguei minhas coisas, me levantando. Eu odeio me apaixonar, por que isso foi acontecer? Nosso lance tava tão legal sem sentimento, que desgraça! Dividimos os carros e eu fui com a minha amiga, Joaco e Veiga, Ríos foi no dele com Endrick e eu estava disposta a fazer ele sentir o mesmo que eu senti agora há pouco. Chegamos na casa noturna e conseguimos furar a fila por causa dos meninos, entramos e eu fui direto para o bar pedir algo para beber junto da Duda, eles fecharam um camarote mas a pista estava bem melhor. A noite foi decorrendo e eu continuei o ignorando, a essa altura já batia duas ou três da manhã, estava sem bateria para conferir o horário.

── Que isso? Você não pode beber! — Falei sentando ao lado de Veiga, que me olhou surpreso e riu.

── Não é bebida, é água tônica. Como sabe que eu não posso beber?

── Ah, eu chutei, né? Você tem jogo amanhã, não vai querer jogar ressacado!

── Acertou, mas você pelo visto quer acordar ressacada. — Falou encarando meu copo e em seguida me olhou.

Eu conseguia sentir o olhar do colombiano queimando sobre mim, ele nem disfarçava. E eu tô amando essa situação!

── Na verdade, Veiga, sabe como eu quero acordar? — Perguntei encarando sua boca.

── Como? — Falhou o tom de voz e eu ri.

── Com a perna doendo. — Ele me encarou, assustado. ── De dançar, seu mente suja do cacete. Vem comigo? — Ele riu, passando a mão no rosto.

── Por um segundo eu pensei que você... Esquece! Teu namorado não vai surtar?

── Que namorado? — Perguntei levantando e estendendo a mão. ── E eu quero ir para a pista, tá bem mais animado.

── Me diz o que você me pede sorrindo que eu não faço chorando! — Respondeu com um sorriso de canto, pegou minha mão e levantou. Sorri vitoriosa.

O guiei pelo pessoal e desci as escadas, indo para a pista que estava cheia. Paiva havia acabado de entrar e estava tocando alguma música que na hora eu não fiz questão de reparar qual era, meu plano era outro. Atrás de mim, Raphael segurava minha cintura enquanto nossos corpos estavam grudados e eu deixava a música dominar meu quadril, o remexendo no ritmo da mesma. Nos meus lábios, um sorriso que se alargou após encarar para cima e ver Richard fuzilando a cena com os olhos. Eu ri para ele e voltei a atenção para dança. Senti os lábios de Veiga contra meu pescoço e deitei o mesmo, lhe dando mais acessibilidade sobre. Um arrepio percorreu meu corpo junto da sensação de euforia que o álcool e que ele estava me causando.

Se eu pudesse escolher por quem eu fosse me apaixonar...

Senti sua mão apertar meu quadril e me puxar mais contra o seu corpo, me fazendo arfar. Minha respiração falhou, a pegada desse homem é surreal, não supera a do colombiano mas é muito boa também! Abri os olhos novamente e quando eu iria me virar para beijar Veiga, em um passe Richard apareceu na minha frente com uma péssima cara.

── Vamos embora! — Falou segurando meu braço de modo firme mas sem machucar e eu ri. ── Bora, Malia, deu de graça por hoje.

Na mesma hora Veiga se afastou e eu rolei os olhos, consegui o que eu queria mas não tudo que eu queria. Dá para entender?

── Que isso, vida? — Perguntei com um sorriso de canto e notei a fúria no seu olhar. Fica tão gostoso quando está com raiva! ── Cê tá com ciúmes?

── Malia, vamos embora! — Repetiu firme. ── Deu de palhaçada, que porra é essa? Justo com o Raphael? Na minha frente ainda? Você não é dele, você é minha!

Ah, agora o álcool falou por mim, em outras situações eu iria o xingar só por ser possessivo a esse nível, mas eu tenho outra ideia de terminar a noite, só não sei se ela é muito inteligente!

dama da noite, richard ríos. Onde histórias criam vida. Descubra agora