Capítulo 13

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Domingo, 7 de setembro

Lucas Nunes

 
Mais um domingo como qualquer outro. A previsão era de um dia bem quente. Nada melhor que aproveitar em um parque aquático. Lucas aproveitou que acordara cedo e logo arrumou sua mochila com os itens de que iria precisar: celular, fones, protetor solar... Em seguida, foi até a cozinha e começou a preparar o café-da-manhã.

- Bom dia, mano. O que faz acordado tão cedo?

- Fala aí. Vou ao parque aquático. Aproveitar esse calor atípico. Partiu?

- Já marquei trilha com a Liliana.

- Então ok. Cara, alguém deixou o som ligado à noite toda.

- Logo você, que gosta de dormir de janela aberta... Parece que a tal festinha que fizeram foi boa.

- Boa para quem? – Lucas respondeu e Gabriel riu. – Eu já vou.

- Divirta-se.

- Vocês também.

Lucas pegou a mochila e as chaves e saiu de casa. O dia já estava bem quente, apesar de ainda ser oito da manhã. Enquanto andava pela rua, notou Ágatha batendo desesperada e incessantemente no portão de casa enquanto tentava conter Amendoim.

- Oi... Tudo bem?

- Estou batendo no portão e nem meu pai nem minha mãe respondem... Essa música alta... Amendoim está muito agitado... Para piorar, perdi minhas chaves.

- Calma. Eles não vão te ouvir. Já tentou ligar para eles?

- Chama e ninguém atende.

- Eles não podem ter saído e se esquecido de avisar?

- Não porque um dos dois sempre fica comigo.

Lucas suspirou.

- Deixe-me pensar... Eu pulo o muro e te ajudo a subir.

- Certo.

Lucas entrou no quintal da casa 2, pegou uma escada de alumínio, que estava ao lado da garagem, e jogou para Ágatha.

- Pode vir que eu ajudo.

Assim que Ágatha desceu, a menina correu para casa, que estava aberta. Logo, Lucas notou Ágatha correndo ao seu encontro, visivelmente assustada.

- Meus pais estão dormindo e não acordam de jeito nenhum. Eles estão na sala. Por favor, tenta acordá-los.

Lucas atendeu prontamente enquanto Ágatha desligava o som. A casa estava muito bagunçada, repleta de objetos e bebida espalhados.

- César? Aline? Ei...

- Mãe? Pai? Acordem!

- Vou chamar uma ambulância.
 

Olga Dias

 
Olga acordou por volta das nove da manhã sentindo tontura e dor de cabeça, assim como Antônio.

- Bom dia, querido. Ai, que tontura e dor de cabeça... Não devia ter tomado tanto Brandy Alexander...

- Eu também bebi muito rum...

- Vou fazer café para ver se isso melhora.

- Eu vou dormir mais um pouco.

- Como quiser. Vou tomar café e ir à feira com as meninas.

- Certo.

A idosa saiu do quarto e notou que ninguém estava na sala ou cozinha.

- Bom dia, Ícaro. Cadê todo mundo?

O Mistério da Rua Sem SaídaOnde histórias criam vida. Descubra agora