Ruka's Point of views
Minha carta para Hogwarts.
Asa e eu tinhamos completado onze anos recentemente e esperavamos ansiosamente pelas nossas cartas, até que elas chegaram.
Nossa relação era ótima. Como duas irmãs que adoravam tramar travessuras escondidas do nosso pai, mesmo ele sabendo que éramos nós.
Mamãe era ótima, sempre se preocupando com nós duas, mas especialmente comigo, assim como papai com Asa. Minha relação com Lucius não era muito boa, ele sempre exigiu que eu fosse um tipo de princesa, arrumada, educada e que vivesse sempre calada, recebendo suas ordens e as obedecendo sem mais nem menos, mas não foi bem assim.
Fui crescendo como qualquer criança. Alegre, travessa, como qualquer outra, e minha mãe não achava ruim, pelo contrário, ela ficava feliz de que mesmo na sombra de nosso pai, eu e Asa continuavamos assim, em harmonia.
Quando recebemos a carta, mamãe ficou um pouco sentida, pois ela percebeu que estavamos crescendo, e que mais tarde iriamos nos tornar grandes bruxos e honrar a família. Já papai se encontrou orgulhoso, eu esperava que demonstraria emoção apenas com Asa, porém quando estavamos na estação, ouvi suas palavras:
- Ruka. - Me viro em direção a voz e encontro papai. - Chegue mais perto.
Me chama com a mão e eu me aproximo, o olhando confusa. Ele se abaixa, ficando na minha altura.
- Escute. Apesar de não ser igual a Asa, você é uma Kawai, e deverá honrar sua família.
- O chapéu seletor irá te colocar em Sonserina, a casa da família. Eu não acho que vá para outra casa, pois eu sinto em você... - Apontou para meu peito. - O instinto da família. A bravura, a ambiciosidade, o desejo de ter e poder ter mais. - Ele se levanta e arruma sua roupa, com um ar de superioridade que ele sempre tinha. - Não me decepcione, Ruka.
E desde então, eu me infiltrei em suas palavras. Eu tinha que ser igual a Asa.
Já tinhamos entrado no trem, e ela agora estava a caminho de Hogwarts. Estavamos sentadas juntamente de Hanni e Haerin, mas sinceramente eu não fui com a cara delas.
Estavam engatadas em uma conversa enquanto eu apenas fitava a janela, olhando a paisagem um pouco mórbida pois já tinha anoitecido. Me viro para olhar a porta no mesmo momento que escuto vozes, e passa uma linda garota.
Não consegui vê-la muito bem, mas parecia muito bonita, acho que Asa gostaria dela. Se eu fosse ela, eu gostaria dela.
Sou tirada dos meus pensamentos com Hanni.
- Viram? Que bonita, cara! - A menina olha para as outras, surpreendida pela beleza da garota.
- Ouvi dizer que ela é trouxa. - Haerin diz e o rosto das outras duas fizeram uma expressão de nojo - Credo! - Disseram ao mesmo tempo.
- O que uma sangue-ruim faz aqui?!
- Pois é, cara.
- Por que ela não pode ficar aqui? - Finalmente me pronuncio.
Papai sempre falou sobre não falar com nascidos trouxas, e sim apenas menosprezarmos eles, e eu nunca entendi o porquê disso, apenas o obedecia como a boa menina que eu deveria ser.
- Porque eles são inferiores ué. - Asa responde, dando de ombros como se fosse o óbvio. - Somos de família de grandes bruxos, pense nisso, Ruka. Enquanto eles apenas são escolhidos por dó para tentar ser um bruxo, e ainda falham.
Asa e os outros dois meninos riram. Era nítido que os outros dois babavam ovo da minha irmã.
- Ainda não entendi... - Logo me lembro do que papai disse, se eu tenho que ser ela, eu tenho que pensar igual a ela. - Mas ok. Eu... Eu acho que concordo com você. - Dou um leve sorriso para minha irmã , que retribuiu como se dissesse que estava orgulhosa de mim.
Isso me deixou feliz.
Um tempo depois eu saí do trem para tomar um ar, as conversas dos três são entediantes e chatas.
Como uma cena clichê, eu esbarro na garota assim que eu saio da porta.
- Ai! Cuidado! - Ela massageia sua testa, fazendo careta.
Ela estava andando como se tivesse perdido o trem e eu que devia ter tomado cuidado?
- Eu não te vi, me desculpe. - Minha cabeça ainda doía pelo fato de termos batido uma na outra, afinal, éramos do mesmo tamanho.
- Tudo bem. - Ela finalmente me olha e estende a mão com um sorriso educado. - Prazer, Pharita Chaikong.
Por um momento eu penso: Por qual razão devemos tratá-los mal? essa menina parece ser tão gentil.
- Não encosta na minha irmã, sua sangue-ruim! - Asa aparece na porta de onde estavamos, juntamente de seus cães de guarda.
Pharita recua a mão rapidamente. Olhando assustada para as meninas, ela parecia não esperar um insulto desse. Ela olha para mim, e eu a olho sem saber o que fazer ou dizer.
- Volta pro seu buraco, sua trouxa! - Profere Haerin e Asa olha pra mim, esperando que eu dissesse alguma coisa.
Eu não via pra que falar algo de mal para ela, ela não merecia. Mas o olhar de Asa me fez lembrar do papai.
Tenho que honrar minha família, tenho que ser igual a Asa, tenho que orgulhar o papai, tenho que ser uma Sonserina.
- É... - Murmuro. - S-sua sangue-ruim...
É... não saiu como eu esperava.
Ela olha como se não esperasse isso de mim, e no mesmo momento me arrependo, mas já foi tarde demais.
Ela foi embora.
Voltei! 🥳
E aí, o que vocês acharam desse capítulo?
Se tiver bastante comentários e votos, eu prometo que não demoro, bj. 👀
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Do I Wanna Know? - Rupha (Babymonster)
FanfictionKawai Ruka só tinha um objetivo a vida toda: Orgulhar seu pai. Cansada de viver na sombra de seu pai, Lucius, e se espelhando em sua irmã, Asa, a garota se conheceu cada vez se tornando o que é hoje. No seu sexto ano em Hogwarts, ela se aprofunda ma...