Do I Wanna Know? - Rupha (Babymonster)

Capítulo 12 - Desvendando sentimentos

━ Não dá mais para fugir, Ru. Você está toda apaixonadinha na Pharita! - Fred começa imitar beijos com as mãos e George finge estar engolindo alguém, e eu fico apenas esperando o show de horrores acabar.

━ Hoje tem poções para vocês, não é? - Aceno que sim. ━ Ótimo. É provável que vocês aprendam amortentia hoje. Se tiverem, tenta descobrir se você gosta, ou não dela.

━ Certo, mas e se eu gostar?

━ Se você gostar é só aceitar, ou não. Tenho que certeza que você vai continuar na fase da negação. - George riu e eu reviro os olhos  ━ Se você for madura vai saber lidar com isso.

Apenas aceno com a cabeça e o sinal bate, indicando o começo da segunda aula. Entro em pânico e recolho minhas coisas, correndo no meio do corredor com um alcaçuz quase caindo entre meus lábios.

A sala estava perto, e logo passei pela porta.
Cumprimentei Slughorn, que me recebeu com um sorriso gentil. Me sento junto a Asa novamente e ele inicia sua aula. Os gêmeos estavam certos, a aula era realmente sobre amortentia.

━ O aroma dá amortentia é diferente para cada pessoa e varia de acordo com as coisas que ela mais valoriza e é atraída. Por exemplo, para uma pessoa, o cheiro da poção pode ser associado ao perfume de uma flor específica, ao cheiro de uma comida favorita ou até mesmo ao cheiro de uma pessoa amada...

Horácio explicava enquanto todas as meninas estavam intensamente interessadas na explicação.

━ Porém, é considerado um crime grave utilizar a poção para manipular ou controlar os sentimentos de outra pessoa, já que ela viola o livre-arbítrio e a autenticidade das emoções. - Suas faces se fecham e eu solto um riso baixo.

O professor explicou mais da parte teórica, mas depois já fomos para a parte prática.

Como Horácio queria apenas que sentissimos o aroma da nossa pessoa amada, não usamos um dos ingredientes, que era o cabelo de uma pessoa específica.

Terminei de jogar o pergaminho novo no caldeirão e o mexia. Finalmente estava terminando a poção, eu estava extremamente ansiosa para o resultado. Olhei para o lado esquerdo da sala, vendo Pharita fazer a sua, a mesma estava extremamente concentrada.

Eu adoro que quando ela está concentrada, sempre deixa uma mecha atrás da orelha para o cabelo não lhe desconcentrar, e ainda mais quando ela franze o cenho e morde os lábios e que merda é essa que estou falando!?

Acho que nem preciso dá poção mais.

Respiro fundo, vendo que a poção estava pronta, era agora, ou nunca. Senti algo me observar por trás e um vulto na janela, logo aparecendo os gêmeos ruivos fazendo corações e joinhas para mim, me fazendo rir, retribuo os gestos e me viro, respirando fundo, pronta.

Me aproximo do caldeirão com o líquido rosa borbulhante, e quando estou pronta para cheira-lo, alguém me esbarra e derruba o caldeirão cheio em minha roupa.

━ Merda! - Vejo o caldeirão derrubado e minha roupa molhada e rosada devido a poção, e no chão havia alguns respingos e poças. Rapidamente pego qualquer pano que vi na prateleira da estante ao lado e o esfrego o chão. Se eu não sei de quem eu gosto, ninguém vai saber.

Me levanto e arrasto o pano com o pé para baixo da estante, e vejo Simas rindo de mim.

Tenho toda certeza de que foi esse cabeça de trasgo. Antes de marchar em direção ao garoto, desisto da ideia no mesmo instante, me lembrando das palavras de Dumbledore.

━ É oque dizem, não adianta chorar pela poção derramada. - Slughorn tira onda de minha cara rindo, e eu reviro os olhos rindo também. 

━ Vá se trocar, a aula já está acabando mesmo, não será preciso fazer outra. - Aceno com a cabeça e saio correndo dá sala, ouvindo "Volte logo!" do professor.