Eu caminhava pelos corredores distraída. Meus pensamentos distorcidos pela luz da lua.
Ser mãe se tornou cada dia mais difícil; As noites mal dormidas nunca foi uma preocupação, mas só de olhar para Young-gil vejo uma jovem agora, aquela fase em que o mundo mágico e colorido se torna dark e adrenalínico. Tak-yoo até consegue lidar com ela, já que lidou com Yoon-na por todo esses séculos, já eu, nunca tive contato com minhas irmãs. É claro… quem eu quero enganar? Jung exterminou minha família quando eu tinha apenas 100 anos de idade, e bem no dia do meu aniversário; meu irmão e eu sobrevivemos. E irmão? Bom, ele é filho do meu pai com outra mulher. Lee dong wook, nome lindo ne? Eu não o vejo já faz anos. Ele vivia com Yoon-na na montanha do norte. Yoon-na me ajudou bastante para superar tudo isso, já que aconteceu quase a mesma tragédia. Eu sei, sei que posso contar com ela.
Um desabafo aleatório surgindo do coração até a mente me fez parar na frente de uma porta preta com detalhes de borboletas azuis e uma fechadura dourada com as iniciais LY, pelas iniciais já sabia que era o quarto de Yoon-na, mas… devo bater na porta? Preciso sobrecargar tanto minha amiga? Expulsei essas perguntas dos meus pensamentos e bati na porta com esperança e certeza que ela iria abrir e me escutar, como sempre.
E finalmente ela abre a porta. Seu rosto pálido e meigo é encarado por mim. Ela aparece tão cansada, mas logo me perguntou:— O que houve, sua aranha? — Ela sorri mesmo que sua voz carregava preocupação.
Quando eu iria me desabar, Soo-Hyuk aparece atrás dela.
Será? Os dois? Não, impossível. Ainda mais ela que é forte… mas ele é homem, mas não seria louco de seduzi-la a ponto de ceder.— Oi. — Aquele safado do meu cunhado me deu um oi seco? Ainda queria dizer algo meigo para mim. — Estou atrapalhando? — Não imagina! Eu iria desabar com minha amiga e exercer o meu direito de chorar feio e berrar. Eu não respondo. Ele beija a bochecha de Yoon-na e se retira deixando ela e eu a sós.
Ela me olha com inocência.— Safada! — Dou um tapa no ombro dela.
— Aí! Não é isso que está pensando não! Eu não sou louca de ceder antes do patrimônio. — Ela me olha com aquela cara de bunda de bebê com anemia.
— Então me explica, que merda é essa que acabei de ver! — Entro no quarto dela. Observo a cama dela né, mas está do jeito que ela sempre arruma, só o chão que estava cheio de mapas de Voulmor e de Mark, pergaminhos da senhora Mok-ha e penas (aquelas de escrever).
— Passou um furacão aqui. — Reclamo.
— É que houve uma mudança no Reino de Mark. E Soo-Hyuk pediu que eu fizesse uma ronda com os oficiais por Voulmor e enquanto ele iria fazer com você e alguns de seus oficiais para Mark. — Ela explica guardando aquela bagunça. Depois que minha indignação passou ela me pergunta:
— Você está bem? Pensou besteira antes do raciocínio, não me chamou de Pantera, ainda mais você me bateu! Você só faz isso quando quer “exercer o seu direito de chorar feio e berrar”. — Droga, ela me conhece tão bem.
Por um segundo, ela fecha a porta e se vira para mim estendo os braços.— Vai chorar em 3 ... 2 ... 1 — Ela conta e depois do um veio o meu berro.
Passo a noite desabafando com ela. Ela ri da minha cara, deu conselhos e ainda por cima me deu afeto.
É bom ter ela como minha amiga.— Está melhor? — Ela fala acariciando meus cabelos.
— Sim. Pelos menos o Tak-yoo não vai ficar roxo hoje. — Rimos juntas.