18 - Taking care of those who take care of everyone

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Domingo, primeiro dia da semana, e eu acordo querendo morrer.

Ontem era só uma garganta seca, alguns espirros ali, umas tosses aqui... e agora me encontro sem forças para se quer levantar da cama.

Minha cabeça gira, meu corpo pesa e tudo parece em câmera lenta, tanto no presente, quanto nas memórias que me causam tontura.

Ontem, sábado, dez horas da noite, eu poderia estar dormindo, ou me empanturrando de pizza sozinha na sala assistindo a algum filme aleatório dos vingadores. Mas não. Em vez disso me encontro sentada no colo do Josh usando um conjunto ridiculamente curto enquanto aproveito a música repetitiva de uma clássica festa universitária. Jamais vou me perdoar por ter aceitado esse convite dele. E nem vou admitir que ele me avisou:

Flashback on

- Você odeia festas, odeia essa roupa, vai odiar as músicas e com certeza odeia as pessoas que estão lá, certeza que quer ir baixinha?

Apoio o cotovelo nas pernas nuas e seguro a minha cabeça para não voar no ser de olhos azuis que me fita com preocupação.

Se eu quero ir? É obvio que não!

Mas devo uma pra ele. Uma grande.

- Querer é uma palavra muito forte Joshua.

Escuto um suspiro cansado.

- É que se entrarmos lá Any, vão vamos poder ir embora tão rápido. - Meu rosto vira de imediato. - Você sabe o papel que eu interpreto, não vou poder ser eu mesmo lá, não vou poder fazer as coisas que quero, não vou pod...

- Eu sei. - o interrompo me erguendo. - Eu sei disso.

- Por isso eu... eu tenho que te pedir pra seguir a merda do papel de ser a minha namorada.

Tenho vontade de rir.

- Traduzindo, a sua namorada linda e gostosa que faz tudo o que você quiser?

Pisco os olhos em um gesto angelical.

Josh revira os olhos e apoia um dos braços no volante para me olhar.

- Linda e gostosa vai ser moleza pra você... - quebro a nossa troca de olhares corando violentamente - ... o difícil vai ser você me obedecer.

- Não vou abaixar a cabeça pra nada e nem pra ninguém. - abro a porta com a irritação correndo pelas minhas veias.

- Ah disso eu sei, jamais vou te obrigar a fazer algo que não queira.

Me viro surpresa, na verdade, nem sei o porquê fiquei surpresa. Eu sabia disso. Sabia que o Josh me respeitava. Mas escutá-lo falar, em alto e bom som, saber que alguém de "fora" da minha família não se atraveria em me dar ordens... a sensação, é maravilhosa.

O loiro está com os dois braços apoiados no capô do carro, sua cabeça deita para o lado, e por um segundo, eu o vejo como indefeso.

- Mas, preciso pedir para que você seja menos... hum, como posso dizer? Impulsiva.

Revirei os olhos.

- Deixa eu adivinhar, terão meninas que vão dar em cima do meu namorado? - A ultima parte saiu tão natural que se eu não estivesse de mangas compridas, certamente arrepiaria.

- E terão caras que darão em cima da minha namorada. Isso vale para os dois.

Senti uma aliança se formando, como se nós dois protegessemos a mesma coisa, um ao outro. Secretamente.

- Eu trouxe pastilha para a tosse na minha bolsa, não vou fazar nada.

- Aham. - Josh saiu de perto do carro, o trancou com um clique da chave, e veio até meu lado. As suas mão nas minhas costas virou rotina pra mim.

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⏰ Última atualização: Jun 20 ⏰

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