Capítulo 14

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Olá novamente!!

Dois capitulos no mês? É isso mesmo produção? Está certo?

Admito que é algo surpreendente pra mim, mas voltei a tomar gosto pela historia e continuo a escrevê-la. A temporada nova tambem ajudou kakakak

(imagem do capitulo) Irori: lareira embutida no chão. Muito tradicional no Japão.

Enfim, sem muita enrola, vamos para o capitulo. 

2010 palavras, ta só aumentando.

~

Eu estava exausta quando finalmente terminei o treino com Uzui-san. O sol estava se pondo no horizonte, tingindo o céu de tons dourados e vermelhos enquanto caminhávamos de volta para casa. Uzui, como sempre, estava cheio de energia, tagarelando sem parar sobre suas técnicas e conquistas. Ele era um homem imponente, com cabelos brancos e um estilo extravagante que sempre chamava a atenção por onde passava e ofuscava um pouco minha vista cansada.

- Mariko-chan, você fez um trabalho incrível hoje! Seu progresso é impressionante, você vai se tornar uma demon slayer de primeira linha em breve, aposto minha última lâmina nisso! -, disse ele com seu sorriso confiante, como se eu precisasse de mais elogios para me sentir melhor depois de um dia cansativo.

Eu forcei um sorriso, tentando não deixar transparecer o quão exausta eu realmente estava.

- Obrigada, Uzui-san. Seus treinos são sempre... intensos -, respondi, tentando ser diplomática, mas meu tom provavelmente revelava mais do que eu gostaria. Não que meu rosto disfarçasse alguma coisa.

- Ah, você precisa aprender a apreciar a intensidade, Mariko-chan! Sem isso você vai continuar uma inútil e não vai progredir em mais nada! - exclamou ele, acenando animadamente, sem notar meu cansaço.

Eu não pude mais conter minha frustração.

- Às vezes, Uzui-san, eu só queria que você calasse a boca por um minuto e entendesse que nem todos têm sua energia infinita! -, resmunguei, fervilhando com sua falta de tato e noção, me arrependendo das palavras assim que as deixei escapar.

Uzui-san parou abruptamente, seus olhos cor-de-rosa, característica de seu clã de shinnobi, focando-se em mim com uma intensidade que me fez sentir como se tivesse pisado em uma armadilha.

- O que você disse, Mariko? - Perguntou ele, seu tom de voz incomumente sério.

Eu engoli em seco, percebendo que talvez tivesse ido longe demais, mas exausta demais para pensar direito e despejei tudo que estava sentindo e pensando há algum tempo.

- Porra, é tão difícil perceber que eu estou frustrada e cansada? Nesses anos todos eu treinei sem parar e sem relaxar e quando eu penso que estou melhorando vem um ser aleatório e me faz sentir feito bosta? - Talvez tenha passado do limite, pois quando olhei seus olhos eles haviam escurecido e seu rosto não havia mais aquele sorriso brilhante contido. O arrependimento veio instantaneamente. Poxa, Uzui nunca foi nada menos do que legal e prestativo comigo. Não há motivos para trata-lo assim.

- Eu... desculpe, Uzui-san. Eu não quis dizer isso dessa forma...- esfreguei o rosto, tentando limpar minha frustração e tentei me desculpar e explicar minha explosão, mas Uzui levantou a mão para me interromper.

- Não, Mariko. Você precisa aprender a respeitar seus superiores e controlar sua língua. Como você espera se tornar uma caçadora exemplar e implacável se não consegue nem lidar com um treino rigoroso? - Repreendeu ele, seu olhar firme e crítico, sua boca em uma linha fina e dura. Sua aura não mais cor-de-rosa e brilhante como seus olhos, mas escurecendo em tom azulado. Quase... triste.

As Irmãs ShinazugawaOnde histórias criam vida. Descubra agora