Capítulo 15

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Olá! Estão todos bem? espero sinceramente que sim.

Esse capitulo é especial. Por que ele é especial? porque foi o PRIMEIRO dessa historia que eu escrevi. Então pense: mais de 3 anos antes de chegarmos aqui, eu ja tinha esse pronto.

E não é so por isso que ele é especial. Eu vi tanta gente (no começo) perguntando o que o Himejima estava pensando ao adotar duas desconhecidas, ainda mais depois do trauma que ele passou com Kaigaku e cia? Ou então: O que  ele tava fazendo ali na vila e por que não levou os outros dois meninos tambem? 

Admito que isso ia poupar MUITO drama de acontecer, mas tambem atrapalharia a construção dos personagens que conhecemos hoje. 

Enfim, sem mais enrolas, desfrutem do meu primogênito.

~

P.O.V Gyomei Himejima

2 anos e meio atrás

Caminhando tranquilamente pelas sombras da noite, eu, Himejima Gyomei, refletia sobre o peso da responsabilidade que carregava como um Hashira. Pensava em como o mestre Ubuiashiki havia sido gentil, bondoso e reconfortante. Nunca havia sentido tanta paz e bondade em alguém antes e isso me acalentou eternamente. Mal consigo segurar minha emoção ao sequer pensar nele.

A lua brilhava intensamente, iluminando a trilha diante de mim enquanto eu patrulhava uma área de uma pequena vila recentemente atacada por demônios. Cada passo era um lembrete da fragilidade da vida humana e da constante luta que enfrentávamos para proteger os inocentes.

De repente, ao longe, ouvi um choro doloroso e desesperado. Aproximei-me rápida e cautelosamente, preparado para qualquer eventualidade. Foi então que senti duas crianças mais à frente, ajoelhados ao lado de um corpo sem vida que já se desintegrava. Um oni.

Um estava em choque, podia ouvir sua respiração rápida e entrecortada por cima dos gritos desesperados da outra criança.

- MONSTRO!! Assassino! Ela era nossa mãe... POR QUE VOCE MATOU A MÃE?? AAAAGGHHH!

Meu coração se apertou com a cena. Aproximando-me lentamente, coloquei uma mão firme e reconfortante no ombro da criança maior. Sua dor era palpável, e eu sabia que palavras de seu irmão haviam o atingido tão profundamente quanto o que havia acabado de fazer. Havia pouco o que ser dito e, sinceramente, palavras seriam insuficientes diante de tal tragédia.

- Criança, - murmurei, minha voz profunda e suave, - você fez o que precisava ser feito. Ela já não era mais sua mãe. Sua coragem salvou seu irmão e muitos outros.

A criança não reagiu, enquanto o menor soluçava baixinho. Com um suspiro pesado, fechei os olhos e juntei as mãos em oração. "Buda, por favor, guie a alma desta mulher para a paz eterna. Que ela encontre redenção e que sua família encontre forças para superar esta dor."

Decidi então entregar os irmãos às mãos de Kakushi's que convoquei com Buda, meu corvo kasugai, enquanto ia à sua casa mais destruída da rua.

A devastação que encontrei lá foi inimaginável. O fedor de sangue era pungente, os móveis destruídos mal me permitiam passar, e corpos pequenos estavam espalhados pelo chão. As crianças... todas inocentes, todas ceifadas de maneira brutal. A cena trouxe de volta memórias dolorosas.

Lembrei-me dos órfãos que cuidava no templo onde vivia, crianças que foram massacradas por um demônio. A essência do traidor, Kaigaku, invadiu minha mente. Ele que havia sido um dos nossos, que traiu nossa confiança e permitiu que aquela carnificina acontecesse. O ódio queimava em meu peito como um fogo ardente, uma lembrança constante da dor e da perda, me fazendo apertar meus mantras com tal força que escutei um rangido.

As Irmãs ShinazugawaOnde histórias criam vida. Descubra agora