Toda mulher sonha em achar o cara perfeito. E para Juliana não era diferente. Mas a busca pelo príncipe encantado pode ser mais difícil do que ela imagina. Afinal, Com tantos sapos disfarçados de príncipe é difícil saber se de fato o cara perfeito e...
A segunda-feira, tinha sido um dia bastante longa. E no final dela, tudo que Juliana desejava era um belo banho. Isso, claro, depois de sentar por uns merecidos vinte minutos. Mas ao ver a silhueta de Jessy espalhada sobre seu sofá, teve certeza que sua noite não seria como esperado. Então, sem dizer nenhuma palavra, caminhou até o seu ateliê. Onde guardou alguns materiais os quais tinha utilizado na aula do dia.
E logo retornou para a sala. Onde Jessy continuava deitada. Como se fosse a dona da casa. Juliana observando a cena brevemente, se pós frente a ela, estendendo a mão. Deixando Jessy totalmente confusa.
_ Minha chave. _ Disse a encarando de forma séria. Fazendo com que Jessy se senta-se sem graça. _ Minha chave Jessy. Eu quero ela agora. _ Continuou seria.
_ Se é por causa da tia Júlia, eu não tive muita escolha. Você sabe que ela não aceita um " não " como resposta.
_ Sim, eu sei. Mas não vejo necessidade de você ter uma chave da minha casa.
_ A gente é prima. E amigas...
_ Eu tenho muitas primas e amigas, e nenhuma delas tem a chave da minha casa.
_ É por que estou aqui agora?
_ Não é o "Porquê". E que realmente não vejo necessidade. _ A contra gosto, Jessy colocou a chave na mão de Juliana, que continuava com ela estendida.
_ Desculpa por ter dado a chave para sua mãe. Eu deveria ter inventado uma desculpa qualquer.
_ É, deveria. _ Disse simplesmente, indo em direção ao quarto. Percurso seguido por Jessy.
_ Tá chateada comigo?
_ Ontem eu estava. Acho que se tivesse te visto, teria te matado. Mas hoje não. _ Mesmo dizendo isso, continuou seria. Ainda sim, Jessy sorriu. Parecendo menos tensa.
_ Isso me tirou um peso das costas. Desculpa, de verdade.
_ Já chega! Sabe que detesto quando alguém vem se desculpar várias vezes. Mostra que tem mais culpa do que aparenta ter. _ Disse colocando um pijama recém tirado do guarda- roupa, sobre a cama. E encarando Jessy, que voltou a parecer um pouco mais desconcertada. _ E aí? Como foi o seu encontro de sábado? _ Juliana tentou quebrar o nível de tenção. Não estava com energia para continuar com aquilo. _ Achei que você iria me ligar contando os detalhes. Como sempre faz.
_ Eu ia, só que achei que seria bem mais interessante te contar pessoalmente.
_ Entendi. _ Lançou mão da toalha, e enfim sorriu para Jessy. _ Vou tomar uma ducha. Hoje estou só o caco. Quando eu sair você me conta como foi.
_ Ok. Vai lá! Enquanto isso vou pedir uma pizza para a gente. E antes que você reclame, dessa vez vou pagar.
_ Onde você tá arrumando tanto dinheiro?
_ Esqueceu do meu ficante?
_ O velho?
_ O próprio. Só que prefiro chamar de coroa.
_ E o cara de sábado?
_ Estamos progredindo.
_ Não sei porque ainda te pergunto. _ Revirou os olhos indo em direção ao banheiro.
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