19 | Largados e pelad...

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Se preparem e peguem o extintor, porque o fogo no cu vai começar.

Sejam bem vindos ao momento mais aguardado dessa história KKKKKKKKK

APROVEITEM, FIZ COM MUITO CARINHO, PORQUE COM AMOR, SÓ A LENNA E O NATAN EM CIMA DE UM PIANO ♡

Não se esqueçam de curtir e comentar! Isso me incentiva demais a continuar escrevendo essa história!

•••


* LENNA *

Alguns minutos antes...

Não havia muito o que se explorar naquele castelo sem graça. E também, não queria pisar para fora, pois veria uma cena muito desagradável. Os corpos mortos que estavam para o lado de dentro do castelo, continuavam sendo recolhidos antes de todos os outros.

Eu não podia acreditar.

Uma parte de mim ainda custava a crer que todas aquelas pessoas, de todas as idades possíveis, estavam mortas.

Tentei ao máximo entender o ponto do Natan, juro que tentei... eu dei o meu tudo, passando horas pensando no que tinha acontecido ali, mas... mesmo assim, não consegui achar uma explicação plausível que não fosse meramente egoísta.

E, ao mesmo tempo, todas as vezes que eu pensava que, por cinco segundos, uma coisa horrível poderia ter acontecido comigo, eu ficava grata a ele por ter me salvado. Nada do que eu havia visto ali, anulava o fato de que eu havia sido salva por ele, e reconhecia isso. Porém, quantas pessoas deixaram de ser? 

Por mais que eu me sentisse sequelada, enxergava uma pontinha de razão no que Natan havia feito. Minha mente ficava nadando numa enchurrada de emoções que me cercavam; dentre elas:

Ódio e gratidão.

Nunca pensei que poderia sentir duas coisas tão diferentes e opostas, ao mesmo tempo.

E lá estava eu, passando a tarde inteira sozinha, no unico canto, daquela vastidão, que não estava pintado de vermelho, perdida em um corredor perto do quarto que eu havia saido, sentindo uma bagunça dentro do peito.

Nada melhor do que tentar recomeçar, mesmo estando na bagunça.

••

Acordei de um sono profundo, com o corpo todo desajeitado, posto no canto do chão — lugar esse que passei o resto da tarde.

O dia já havia ido embora, e o cair da noite estava começando.

Me levantei devagar, tentando controlar a minha vista turva e precária, causada pela falta de iluminação dos corredores. Andei olhando para as frestas abertas da janela, escutando o som que o vento fazia ao vir de encontro com os vidros. Os corredores já se encontravam limpos, por mais que algumas manchas de sangue, principalmente aquelas das paredes, continuavam lá. Olhando para o lado de fora, bem na minha direção, um prédio um pouco distante, mas grande demais para não ser percebido pelos meus olhos, me chamou a atenção. Não havia reparado que existia algo tão grande assim do lado de fora, ao ponto de se igualar ao castelo. Cheguei perto da janela, querendo ver melhor como aquele prédio era. As paredes eram feitas de tijolos cinzas — os mesmos colocados nas paredes do castelo —, em suas laterais haviam janelas, e em seu centro, uma abertura muito similar a uma varanda. Não existia portas em sua volta, apenas aberturas.

Meu reinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora